Em 27 de janeiro, o presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva barrando todos os refugiados e proibindo temporariamente que residentes de vários países predominantemente muçulmanos entrassem nos Estados Unidos. O caos irrompeu nos aeroportos de todo o país, com advogados tentando ajudar as famílias afetadas pela proibição, enquanto milhares de manifestantes se reuniram pelas ruas da cidade. Seguiu-se uma prolongada batalha legal sobre a legalidade da ordem e sua aplicação.
 

Desde sua eleição nas Filipinas em junho de 2016, a "guerra às drogas" do presidente Rodrigo Duterte causou milhares de mortes e provocou um clamor internacional sobre violações dos direitos humanos. Muitos dos mortos foram executados por pistoleiros não identificados no que se acredita serem assassinatos extrajudiciais sancionados pelo Estado. O apoio a Duterte continuou alto nas Filipinas até agosto, quando um adolescente foi morto e investigadores encontraram evidências que contradiziam o relato da polícia sobre sua morte. Confrontado com a crescente pressão para acabar com esses abusos, Duterte passou o controle das operações para a Agência de Combate às Drogas do país em outubro.

Em abril, o líder norte-coreano Kim Jong-un presidiu um desfile que, pela primeira vez, exibiu quatro sistemas de mísseis, incluindo dois novos mísseis intercontinentais, projetados para transportar cargas até a costa leste dos Estados Unidos. Soldados norte-coreanos participaram do desfile elaborado, como fazem todos os anos, durante as festividades comemorando o aniversário do fundador da nação, Kim Il-sung. As tensões entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul aumentam devido às ambições nucleares do Norte.
 

Um ataque contra muçulmanos em Londres durante o mês de Ramadã foi um lembrete do crescente sentimento antimuçulmano em todo o país. Uma pessoa morreu e nove ficaram feridas em 19 de junho, quando um britânico jogou uma van contra uma multidão que saía da mesquita de Finsbury Park. Autoridades britânicas disseram estar tratando o incidente como um ato de terrorismo contra muçulmanos. Episódios de islamofobia aparente no Reino Unido aumentaram depois que vários ataques terroristas reivindicados pelo Estado Islâmico sacudiram o país entre março e junho. Sadiq Khan, primeiro prefeito muçulmano de Londres, pediu que os habitantes se unissem.

Em agosto, o Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade de dois ataques na Catalunha, declarando-os seus primeiros ataques terroristas em solo espanhol. Em 17 de agosto, uma van branca foi jogada contra pedestres em Las Ramblas, Barcelona, área popular entre os turistas. Algumas horas mais tarde, nas primeiras horas do dia 18 de agosto, cinco homens armados usaram um carro para atacar uma multidão na cidade de Cambrils. Os dois ataques, os mais mortíferos na Espanha desde os atentados de Madrid de 2004, mataram 16 pessoas e deixaram cerca de 120 feridos. Quatro pessoas foram presas; a polícia disse acreditar que uma célula terrorista de 12 homens estava por trás dos dois incidentes.

Animadas e descrentes, ativistas da Arábia Saudita comemoraram a notícia de que as mulheres seriam autorizadas a dirigir. O país era o único do mundo a proibir motoristas do sexo feminino; as mulheres ainda precisam da permissão de seu guardião masculino para atividades simples, como abrir uma conta bancária. O fim da proibição de dirigir, anunciado por um decreto emitido pelo rei Salman em 26 de setembro, faz parte de um esforço para "modernizar" o país, liderado pelo príncipe Mohammed bin Salman, filho do rei e possível herdeiro do trono.

Uma obra de Leonardo da Vinci, "Salvador do Mundo", se tornou a peça mais cara já vendida em leilão quando um colecionador anônimo pagou US$ 450.312.500, incluindo taxas, quebrando o recorde anterior de US$ 179 milhões, de "Les Femmes d'Alger", de Picasso. O quadro, que pode ter cerca de 500 anos, retrata Cristo segurando um globo de cristal. Mais tarde, o comprador misterioso foi revelado o príncipe saudita Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud, um associado do príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman. A compra pôs em cheque a suposta repressão à corrupção do príncipe herdeiro na Arábia Saudita.