Pratto respira futebol. Treina, concentra, viaja, joga, simula no videogame, conversa com os amigos, assiste na televisão e se arrisca até no primo americano do esporte. Mas, nos últimos anos, passou a se interessar também por política. Achou necessário entrar no tema diante das dificuldades enfrentas por Brasil e Argentina. "Na Argentina, até 2003, quando entrou o Nestor Kirchner (como presidente), tinha perdido um pouco o gosto pela política. Mas, agora, eles politizaram todo mundo de novo ".
"A verdade é que vivemos uma vida diferente como jogador. Economicamente, só vamos entender quando nos aposentarmos, ao ver o resultado dos investimentos que fizemos. A Argentina, por exemplo, está muito mal economicamente, pior que o Brasil. Não é de agora, é de 40 anos. Falar, hoje, quem é o culpado é falar que foi o mandato anterior, e o anterior, e o anterior... Não gosto do presidente que está hoje (Mauricio Macri) e nem gostava dos Kirchner (Nestor e a sucessora Cristina, que governaram o país entre 2003 e 2015)".
Para o atacante, os extremismos envenenaram os debates políticos e trazem apenas prejuízos para o povo. Por isso, teme as consequências da eleição legislativa que acontecerá na Argentina em 22 de outubro, quando mais da metade dos deputados será trocada.
"Tem sempre que haver um equilíbrio. Como falei, em um grupo de futebol, você precisa entrar em consenso em tudo e com todos, mesmo que suas ideias não sejam tomadas. E na política argentina vejo que está igual. Ou é A ou é B. Ou é branco ou é preto. Mas as coisas não são assim. Macri não gosta de Kirchner, então não conversam. Agora, tem a eleição de deputados. Se ganha a oposição, vai começar a merda de novo. É difícil".