
O que eu posso fazer para mudar o mundo? Melhore a si mesmo.
Ao contrário do que muita gente pensa, não acho que faltem pessoas querendo fazer o bem; o que falta são pessoas capacitadas a fazê-lo.
Entenda: todo mundo quer proteger o meio ambiente, mas ninguém quer abrir mão de conforto, praticidade ou prazer dos bens materiais. Todo mundo quer a paz entre os povos, mas ninguém quer abrir mão do prazer da vaidade em estar certo e ter razão. Todo mundo quer que as pessoas sejam melhores, mas ninguém quer se comportar corretamente.
A chave de tudo isso não é boa intenção. Dentro da visão do Buddha, só ser bem-intencionado não é suficiente, é preciso desenvolver a capacidade de trazer essa boa intenção à vida.
De acordo com a visão budista, uma boa pessoa não é aquela que tem boa intenção, mas aquela que, além disso, possui todas as qualidades que tornam essa boa intenção realidade.
E quais seriam essas? Na verdade, são inúmeras, isto porque existem infinitas formas de ser uma boa pessoa, mas algumas muito comuns e básicas são:
Olhando acima, acho que fica claro a mensagem de que mudar o mundo só pode ocorrer se mudarmos a nós mesmos. Isso porque, para fazer o bem, é preciso primeiro ser uma boa pessoa
Se olharmos um pouco para o passado, logo veremos quantos exemplos temos de pessoas que achavam que estavam fazendo o bem, mas, na verdade, fizeram o mal. Várias pessoas foram torturadas e queimadas em fogueiras porque outros queriam preservar a palavra de Deus; muitos milhares sufocaram em câmaras de gás porque um grupo de pessoas queria o bem da nação; milhões morreram de fome para que um novo sistema político fosse estabelecido para o bem da sociedade.
Tudo isso foi feito sob a bandeira do bem, mas por pessoas ruins. Portanto, o primeiro passo é melhorarmos a nós mesmos e, se por acaso acharmos que nós já somos bons o suficiente, então este mesmo pensamento quase certamente indica quão grande é nossa cegueira espiritual e quanto trabalho ainda temos pela frente.
* Ajahn Mudito, 40, é monge budista há 13 anos e atualmente é diretor espiritual da Sociedade Budista do Brasil.
"Como estar satisfeito com um mundo que conseguiu globalizar a economia, as ciências, a arte etc., mas não conseguiu globalizar a solidariedade, a partilha, a justiça etc.?", pergunta o arcebispo
"Cabe a cada um de nós iniciar uma busca incansável na prática do respeito às diferenças e um profundo respeito à religiosidade e às escolhas que cada um faz", diz o sacerdote
"A maior parte dos pesquisadores aponta a existência de uma força interna que ajuda a concretizar a mudança, porém muitos de nós a ignoramos", afirma Sheik Metwally
"Nesta caminhada de união, a paciência, o respeito, a benevolência, a tolerância se fazem essenciais na prática genuína do bem e no exercício da caridade", diz Jorge Nery
"O amor é o rei das virtudes e nos dá a vitória, especialmente quando começamos a vivê-lo em nós mesmos e o praticamos em nossas relações com nossos semelhantes", afirma o arcebispo
"As ilusões cognitivas estão em todos os lugares. Na política, na medicina, na religião, nos relacionamentos pessoais", afirma presidente da Associação Brasileira de Ateus e Agnósticos
"Quando não deturpadas, as condutas religiosas ajudam o indivíduo a ordenar sua escala de valores e redirecionar suas atitudes", afirma o rabino
"Ninguém, até hoje, conseguiu mudar o todo, apenas a parte; quero dizer que consigo, com muito esforço, mudar apenas a mim mesma e, assim, tento atingir o mundo", diz Mãe Stella
"Deixar de acreditar significa render-se ao conformismo. Deixar de acreditar significa cruzar os braços e se conformar com o caos", diz o pastor