Todo percurso no Canal da Mancha é seguido por um barco, que tem a missão de fazer o mesmo caminho ao lado do nadador. Neste barco vão, além do treinador, um piloto, um co-piloto e um fiscal da travessia, para evitar irregularidades. Renata deu azar em sua vez: Eric Baker, piloto escolhido meses antes para a travessia, passou mal no dia agendado e indicou uma tripulação diferente, referendada por ele, e também um barco diferente.
Colin Cook e Graham Featherbee foram os tripulantes do barco chamado Hilda May. Renata e Judith rapidamente notaram que havia diferenças importantes em relação ao barco previamente escolhido: este era mais alto, o que dificultaria a treinadora de fornecer o alimento da nadadora. "Era um barco de pesca", disse Judith, anos depois. Renata não se opôs a embarcar no Hilda May, mesmo diante das dificuldades que poderiam acontecer.
A travessia indica um fiscal para acompanhar cada nadador. No caso de Renata ele foi Mark Eduard Lewis, jovem nascido nos Estados Unidos. Não havia maiores credenciais sobre ele. Mais tarde descobriu-se que Lewis estava na Inglaterra na condição de acompanhante de um professor que tentaria a travessia por aqueles dias, mais ou menos como Judith. Pediram "colaboração" do americano, que aceitou sem conhecer a importância da função.