Júnior diz que está mais emotivo com a idade. Um samba em especial, cantado por Lucas Morato, filho da lenda do pagode Péricles, deixa o craque com os olhos lacrimejantes. A canção fala de um filho que reclama da ausência do pai. O tema faz Júnior ir lá atrás, nos anos 1980, quando jogava pelo italiano Pescara, recordando de um pedido de seu próprio filho para retornar ao Flamengo. O desejo virou realidade em 1989 e Júnior pôde levantar taças importante como a Copa do Brasil de 1990, o Carioca de 1991 e o Brasileiro de 1992 para fechar a carreira.
“Meu filho reclamou... Reclamou não: me fez uma consulta um dia. Que foi, talvez, a consulta mais maneira do mundo. Ele tinha cinco anos e um vídeo cassete com os gols do Zico. Via aquela fita todo dia. Quando eu cheguei, falei, 'E aí, Digo, beleza?'. Ele falou, 'Beleza, pai, mas quando é que eu vou te ver jogar no Maracanã?'", recorda-se.
"Essa pergunta me fez dizer pra minha mulher: 'Vou poder dar tudo pra ele, em termos materiais, mas essa satisfação de me ver jogar no Maracanã, se eu não for agora, vai ser difícil'. Eu já tava com 35 anos. Aí foi exatamente quando eu resolvi voltar. Por ela, a gente tinha ficado mais um tempo", conta. "Uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida foi comemorar um título com o meu filho no Maracanã em 1991. Porque a gente foi campeão da Copa do Brasil, mas em Goiás, ele não estava. Campeão Carioca ele estava ali, no campo. Tem uma imagem minha com ele e essa imagem, pra mim, vale mais do que qualquer coisa".