Quando Mustafá tentou intimidar o Diabo Loiro
A vida no Palmeiras é cheia de belas lembranças para Paulo Nunes. Mas, quando foi contratado, admite que temeu pelo pior: “O presidente Mustafá [Contursi], que nunca ia na apresentação de jogador, quis ir na minha. Ele me deu a camisa e disse: ‘Você me maltratou muito. Quero ver aqui’. Imagina a cobrança... Nossa, se o presidente está assim comigo, imagina a torcida? Foi uma loucura”.
A desconfiança foi embora logo na estreia, com dois gols contra o Vasco pelo Rio-São Paulo de 98. Foi no Palmeiras, também, que colecionou causos engraçados com um de seus maiores parceiros. Ele se lembra de quando dividia quarto com Oséas, o atacante das trancinhas.
“Dividi por dois jogos. No segundo, quando vi que era aquilo mesmo, falei com o Felipão: ‘Pô, você chega do treino, toma um banho, põe pijama, tá deitado e vem o Oséas pelado. PELADO. Fazendo cachinhos no cabelo, andando pra lá e pra cá e passando na tua frente toda hora’. E ainda falando: ‘E aí, pai? Que nós vamos assistir, pai?’ No segundo jogo, falei para o Felipão: o senhor me tira do quarto do Oséas ou não venho mais para a concentração”. Depois da conversa, Paulo Nunes passou a dividir quarto com o meia Zinho.