Luta contra o destino

Leila Pereira, da Crefisa, não se arrepende por não ter tido filhos e diz: "Dinheiro traz muita felicidade"

Eduardo Ohata e Luiza Oliveira Do UOL, em São Paulo
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"Não sou sexo frágil"

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O pai queria que ela fosse uma dona de casa com filhos

Leila Pereira, hoje presidente da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, cresceu em uma família de classe média em Cabo Frio, no litoral do Rio de Janeiro. Os irmãos seguiram a profissão do pai e se tornaram médicos. A única menina da família foi criada para ser dona de casa, casar e ter filhos. Não para virar uma das maiores empresárias do país.

“Meu pai não queria que eu saísse de Cabo Frio porque sou a única filha mulher. Ele queria que eu ficasse em Cabo Frio, casasse, tivesse filhos e fosse dona de casa”.

“Meu pai nunca falou: ‘você não vai estudar’. Mas ele fazia força para que meus irmãos cursassem medicina, mas nunca houve força para mim. (...) Havia até um pouco de machismo do meu pai. Ele queria que os meus irmãos fossem médicos”.

Mas Leila nunca aceitou o que estava reservado para ela. Tinha vontade de trabalhar e sair da cidade pequena. Adolescente, se mudou para o Rio de Janeiro para fazer faculdade apoiada pela mãe. E a contragosto do pai.

Quando eu fui para o Rio, meu pai falou para a minha mãe: "Se acontecer alguma coisa com a Leila, a responsabilidade é sua". Minha mãe disse: "Mas ela vai". Meu pai não queria, mas minha mãe sempre dizia: "A Leila tem que fazer faculdade. A Leila tem que trabalhar"

Sobre a saída de Cabo Frio

Minha mãe nunca trabalhou, é dona de casa. Eu não tive em quem me espelhar. Em ninguém. Mas sempre quis algo a mais. Eu sempre soube que minha vida não estaria restrita a Cabo Frio, que é uma cidade, pequena, embora linda. Mas eu sempre quis mais. Sempre

Explicando que a sua independência é inata

Arquivo Pessoal Arquivo Pessoal

Sem filhos e sem arrependimentos

A maternidade é o sonho de muitas mulheres, mas não fez parte dos planos de Leila. Ela sempre respeitou o desejo do marido de não ter mais filhos e convive muito bem com o enteado que conhece (e adora!) desde os oito anos de idade.

Meu marido nunca quis ter outro filho. Por isso que estou te falando, eu não sou do sexo frágil, porque isso nunca foi prioridade na minha vida. Porque se isso fosse prioridade na minha vida e meu marido não quisesse ter filho eu falava: então, tchau, bença’”.

“Do fundo do meu coração: eu não me arrependo. Se eu tivesse tido filhos, eu não seria a pessoa que sou hoje. Eu me orgulho de tudo o que eu conquistei. Eu não abriria mão. Isso é a teoria do Nietzsche. Volte no tempo para saber se sua vida valeu a pena. Se você voltar no tempo e tiver de passar por tudo o que viveu, todas as felicidades, tristezas e decepções... Pense, reflita e responda: você viveria sua vida novamente? Eu digo categoricamente: Sim, não mudaria absolutamente nada na minha vida”.

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Timidez a fez jornalista

Quem vê hoje a mulher articulada não imagina que a timidez já assombrou Leila. "Saía com as amigas quando era novinha e não abria a boca. Ficava com vergonha de falar bobagem". Sem se comunicar direito, buscou uma saída: "Quando olho hoje o que era lá atrás, digo que parece outra pessoa. Aquilo incomodava. Tem gente que tem defeito e não enxerga. Eu vi que precisava mudar e fui ser jornalista. Quer coisa mais exposta do que jornalista?"

AP Photo/Carlo Fumagalli AP Photo/Carlo Fumagalli

Copa de 1990 na TV Manchete

Após entrar na faculdade de jornalismo, conseguiu estágio na TV Manchete. Durou pouco tempo na profissão (se formou em Direito depois), mas participou da cobertura da Copa do Mundo de 1990. "Tinha 17 ou 18 anos. Queria fazer jornalismo geral, mas não era possível. Me colocaram no esporte. Foi aí que começou meu relacionamento com o esporte. Por acaso. Trabalhei na cobertura da Copa daqui do Brasil. Foi um aprendizado".

Como superou o drama de perder o pai e a doença do marido

Dinheiro traz felicidade. E muita

Leila Pereira comanda uma das instituições financeiras de melhor resultado do país, com fortuna estimada em bilhões de reais. E quando o assunto é dinheiro, ela foge do politicamente correto. Foi graças ao dinheiro que ela conseguiu ter conforto e reformar todo o departamento de hematologia e de transplante de rins do Hospital das Clínicas depois de ficar sensibilizada com o tratamento que o marido recebeu no hospital Sírio Libanês.

Tem que parar com essa maldade de que o dinheiro só compra coisas fúteis. Não é. O dinheiro é extremamente importante para coisas relevantes também que mudam a vida das pessoas. Então, dinheiro traz a possibilidade de ajudar a quem precisa

Sobre reformar o departamento de hematologia do Hospital das Clínicas que atende pessoas carentes

Dinheiro dá conforto para mim e minha família, é evidente. Mas também permite investir na minha empresa, proporcionar emprego para milhares de pessoas, montar a Faculdade das Américas e proporcionar educação de qualidade para milhares de alunos

Sobre como usa as suas empresas para, também, ajudar outras pessoas

Tem que parar com isso. Dinheiro traz felicidade e muita

Sobre a relação com dinheiro

Ser rica era um objetivo?

O dinheiro é um prêmio, é uma medalha. É como um corredor, o que ele faz? Por que ele corre tanto? A medalha não é o grande barato dele, é ter vencido. A medalha é uma consequência

Sobre o orgulho de seu trabalho

Leila já recebeu proposta para comprar voto e barra amigos interesseiros

Leila se tornou uma dos principais personagens da política do Palmeiras recentemente. E já viu muita gente se aproximar por interesse. Ela diz perceber quais amizades são sinceras e que ser caseira e pouco sociável a ajuda.

“A gente sabe filtrar os amigos sinceros dos amigos aproveitadores e dos amigos que não são sinceros, mas que são divertidos. Aí também, interessante. Então a gente vive super bem. Mas eu não sou uma pessoa muito social, sociável, pode ser assim? Eu não saio, não tenho muitos compromissos sociais. Não tenho. A minha vida é extremamente caseira, como eu trabalho muito, eu não tenho energia para ficar, indo a eventos. Não vou a evento algum”.

Quando o assunto são os negócios, Leila é bem direta. Ela respira sua empresa 24 horas por dia e já sabe exatamente o que é viável e o que não é viável. Em alguns casos, ela mesma toma a decisão ou pede para o departamento responsável analisar. “Ah, mas tem muitos (interesseiros). Mas eu trato respeitosamente e se eu tenho algum interesse, se é um projeto bacana, tudo bem. Se não eu falo: ‘Olha, não é possível’. Não enrolo ninguém. Eu falo ‘não’ direto".

Nas eleições do Palmeiras, ela ouviu gente até oferecer voto em troca de dinheiro. "Ah, mas né? Acontece de tudo. Propostas você tem várias, mas cabe a mim falar: ‘não’. Eu tenho propostas do arco da velha, mas a decisão é minha. Eu digo 'não'. Eu não vou me sujar com isso”.

REUTERS/Pilar Olivares REUTERS/Pilar Olivares

Tinha tudo para ser vascaína. Mas virou palmeirense

Tudo estava escrito para que Leila Pereira se tornasse vascaína. O pai e os irmãos eram cruzmaltinos e ela se lembra bem dos programas de domingo em que ia para o Maracanã ver o time jogar. Mas Leila não aceitou o que o destino a oferecia.

Meus irmãos gostam muito de futebol e os dois torcem pelo Vasco. Por isso a imprensa fica dizendo que sou vascaína. Não sou vascaína. NÃO SOU. Deixo claro isso. Meu pai era vascaíno e direcionou meus irmãos. A mim, nunca. Quando éramos pequenos, meu pai nos levava ao Maracanã. Era uma coisa linda, todo mundo torcendo junto, aquelas bandeiras enormes. Mas meu relacionamento com o esporte começou na Rede Manchete. Eu ia com meus pais porque era um passeio”.

Aos 17 anos, Leila conheceu o marido José Roberto Lamacchia. E o Palmeiras. “O Zé Roberto é muito palmeirense. Meu marido tinha um apartamento no Rio. Por meio de amigos em comum, fui apresentada a ele. Comecei a namorar e ele era muito palmeirense. Naquela época não tinha internet. Para saber resultado de jogo tinha que ligar. Meu marido ficava ligando de cinco em cinco minutos para saber o resultado de jogo. Era uma loucura. Comecei a me relacionar com o Palmeiras, a gostar do Palmeiras, por causa do meu marido”.

Eu sou mais palmeirense que o meu marido. São questões subjetivas, que acho que eu tenho que ir num cartório fazer um documento público dizendo que sou palmeirense. Como não tem o que falar de mim, falam esse tipo de coisa absurda

Na bronca por duvidarem de sua paixão

O patrocínio ao Palmeiras

Era fim de semana. Um sábado. Eu estava tomando café da manhã. O Palmeiras estava quase caindo para a segunda divisão e meu marido estava se recuperando de um linfoma, tendo alta. Eu sugeri:

“Beto, por que você não patrocina o Palmeiras? Imagina você, sentado na sua sala, vendo...”.

“Ah Leila... É muito caro”.

“Beto, custa conversar? Vamos conversar”.

Fomos lá, batemos na porta e não nos deixaram entrar. Voltei, liguei para o departamento de marketing e consegui uma reunião com o presidente.

Num sábado, tomando café de manhã com o meu marido, comentei o assunto. E, à tarde, assinávamos o maior contrato da história do Palmeiras. O maior contrato da América do Sul.

Tudo é diferente no nosso relacionamento com o Palmeiras. Jamais fiz qualquer estudo de retorno ou de exposição de marca. Foi por amor. Amor ao meu marido, que sempre acompanhou o Palmeiras desde os dez anos de idade, que é sócio do Palmeiras desde 1955. E por amor ao clube que estava em uma situação muito ruim

Explicando porque aceitou patrocinar o clube

Quando entrei, falei aos repórteres: "Vocês vão lembrar da Era Crefisa por que nós entramos para fazer a diferença". Em 2014, o clube estava quase caindo para a Série B. Em 2015, fomos vice do Paulista e ganhamos a Copa do Brasil. No ano seguinte, título brasileiro depois de 23 anos. Quando entramos, é para vencer

Falando sobre os objetivos da parceria

"Não havia possibilidade de patrocinar o São Paulo"

Após o anúncio da parceria com o Palmeiras, a Crefisa recebeu uma enxurrada de propostas de outros clubes buscando patrocínio. Leila rejeito todos. Inclusive o São Paulo. Mas seu objetivo é que o trabalho da Crefisa vira um exemplo positivo para que outras empresas voltem a apostar no patrocínio ao futebol.

Marcello Zambrana/AGIF Marcello Zambrana/AGIF

Não ao rival

"Não sei se foi um pouco depois ou um pouco antes de fecharmos com o Palmeiras, mas o São Paulo procurou nosso departamento de marketing. Conversamos, mas não havia possibilidade. Somos muito ligados afetivamente ao Palmeiras".

LEONARDO BENASSATTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO LEONARDO BENASSATTO/FRAMEPHOTO/ESTADÃO CONTEÚDO

Exemplo para empresas

"Depois do Palmeiras, toda semana aparecia a camisa de clubes grandes com o nome Crefisa na manga ou no peito. A gente optou por só ficar com o Palmeiras, mas gostaria muito que outras empresas também patrocinassem outros grandes clubes".

Gustavo Garello/Jam Media via AP Gustavo Garello/Jam Media via AP

É preciso ter um limite para gastar

Torcedores (do Palmeiras e de rivais) acreditam que, por conta do patrocínio milionário e dos aportes extras da patrocinadora, o clube do Parque Antarctica tem um cheque em branco para contratar jogadores. Não é bem assim:

“O céu não é o limite. Claro que não. Temos responsabilidade. Nossa empresa está há 52 anos no mercado e somos extremamente conservadores. Tem que ter um limite. Não é chegar aqui, bater na porta e dizer: ‘Preciso disso...’. Tudo é conversado com muito critério e responsabilidade. É tudo dentro das possibilidades”.

“O atual presidente [Mauricio Galiotte] entende perfeitamente. Ele é muito pé no chão. Já teve vezes em que tivemos de dizer não. Quando um jogador é negociado por um valor inviável, eu digo que não tem como. Aconteceu várias vezes.”

Quando o Palmeiras entra para negociar tem um teto, sim. Não é qualquer valor que a gente paga. Em hipótese alguma

Sobre os limites da parceria

Cesar Greco/Fotoarena Cesar Greco/Fotoarena

Tem linha direta com Alexandre Mattos, mas nega interferência no futebol

O mantra da patrocinadora do Palmeiras é de que está à disposição do departamento de futebol para reforçar o time, mas que não tem ingerência nas contratações ou escalação de jogadores. A linha com o gerente de futebol do clube, Alexandre Mattos, é direta e fica aberta 24 horas por dia, em especial quando a negociação é importante.

Eu não fico estudando com meu marido. "Vamos contratar esse ou aquele". Não é nossa expertise. São eles [clube] que propõem a contratação e a gente aporta [o dinheiro]

Sobre opinar nos reforços

Essa história de que queremos mandar no Palmeiras não existe. É o contrário: presidente determina, patrocinador faz. É mentira deslavada que o patrocinador tem ingerência

Negando sua influência

Quem toca o Palmeiras é o presidente, a diretoria, o Alexandre Mattos. Quando tem necessidade, ele me liga a hora que for. Mas para saber quem joga, vejo pelo jornal

Sobre contato com diretor

Cesar Greco/Ag Palmeiras Cesar Greco/Ag Palmeiras

A relação com Nobre: de repente, Freud explica...

A patrocinadora do Palmeiras diz não entender muito bem o porquê dos desentendimentos com o ex-presidente do clube Paulo Nobre. Classifica o cartola como uma pessoa “extremamente vaidosa” e acrescenta que a o “pai da psicologia” pode guardar a explicação para as atitudes do dirigente.

Muitas pessoas perguntaram se os problemas com minha candidatura eram pelo fato de eu ser mulher. Ficaria bonito dizer que sim. Mas não foi isso. Foi pessoal. Como o ex-presidente era uma pessoa extremamente vaidosa, eu não queria bater de frente

Sobre a tentativa de não deixá-la ser candidata a uma vaga no conselho do clube

Não só eu. Qualquer conselheiro pode disputar a presidência, desde que atenda ao que está determinado no estatuto. Por que o problema é comigo? Acho que pode ter sido resquício de problemas superados no passado. Eu não entendo. De repente Freud explica...

Tentando explicar porque o problema com ela era tão grande

Divulgação Divulgação

"Em qualquer lugar estenderiam um tapete vermelho"

Leila acreditava que, por ser a responsável pelo maior patrocínio da América do Sul para um time de futebol, não haveria obstáculos para sua candidatura a uma cadeira no conselho deliberativo do Palmeiras. Diz ter sido pega de surpresa pela orientação do ex-presidente Paulo Nobre para que sua candidatura fosse impugnada.

A dona da maior patrocinadora da América do Sul, que procurou o clube, e não o contrário, entra como candidata a conselheira... Em qualquer lugar no mundo estenderiam um tapete vermelho pelo que fiz no Palmeiras”.

“Pode ser que algum iluminado resolva questionar na Justiça minha eleição. Mas acredito que não vai questionar a mim, vai ter que questionar o Palmeiras. A ratificação da minha eleição foi uma decisão do conselho. E o conselho é soberano. Estou extremamente tranquila. Se entrarem com uma ação contra o Palmeiras, coloco um advogado junto para defender meus direitos. Não tenho medo de absolutamente nada.”

A eleição polêmica

Toda a discussão sobre a legalidade da eleição de Leila para o conselho envolve uma data: quando, afinal, ela se tornou sócia do clube?

Ela lamenta as acusações de que não tinha tempo para concorrer a uma cadeira no conselho deliberativo do Palmeiras e cita “dois pesos e duas medidas” ao perguntar por quê não pegam no pé de outros que ganharam o título de sócio benemérito.

Eu tenho a declaração do presidente da época dizendo: 'Eu concedi o título para a Leila em dezembro de 96'. O presidente atual ratifica aquele documento dizendo que 'esse documento é verdadeiro'. Na minha defesa, apresentei sete declarações iguais à minha que foram aceitas. Por que não queriam aceitar a minha? Se a minha não vale, as outras não valem também. Por que comigo?

Sobre quando se tornou sócia

Sobre a entrevista [de 2015, na qual afirma que acabara de se tornar sócia], o que eu quis dizer era que tinha pouco tempo que estava participando politicamente do clube. Sempre que era preciso, me chamavam para contribuir [financeiramente] com a Academia, com o centro de imprensa, com jogador. Eu quis dizer que tinha pouco tempo que estava envolvida politicamente no Palmeiras

Sobre uma entrevista em que ela falava ser sócia há pouco tempo

A nova vida de celebridade e a tietagem a jogadores

Cesar Greco/Fotoarena Cesar Greco/Fotoarena

"Não tenho tempo para ser presidente do Palmeiras"

A rotina atribulada de gestora da Crefisa e da FAM impedirá que Leila dispute a presidência do Palmeiras. Pelo menos é isso que a executiva argumenta, ao abordar os rumores de que voos mais altos na política do clube fazem parte de seus planos para o futuro.

“Por que ao invés de publicar que eu quero ser candidata, você não pergunta para mim? Quem te fala que está certo que serei candidata não está dizendo a verdade. Eu não tenho disponibilidade de tempo".

Não posso largar minhas empresas porque hoje o meu marido está aqui, mas ele está com 73 anos, não tem tanta paciência de tocar o dia-a-dia. Quem toca o dia-a-dia sou eu, as questões estratégicas quem decide é ele, mas quem toca o dia sou eu.”

Não posso largar minhas empresas e me dedicar full time a qualquer outra coisa. O Palmeiras precisa de alguém que se dedique full time. Posso colaborar muito continuando com o patrocínio e como conselheira, ajudando o presidente e os demais colegas no conselho

Sobre o que acha que pode fazer pelo clube

Agora, imagina o Palmeiras jogando na Argentina. Se acontece um problema aqui na Crefisa e não posso acompanhar o clube? É uma responsabilidade muito grande ser presidente de um clube da grandeza do Palmeiras. Tem que ser full time. Eu não tenho tempo

E porque não daria certo como presidente

Reprodução/Instagram Reprodução/Instagram

O apoio e a relação com a Mancha

Causou espanto a notícia de que Crefisa patrocinou o desfile de carnaval da Mancha Verde por meio de lei de incentivo. Leila explica sua relação com membros da escola de samba e da torcida organizada (Mancha Alviverde) com o argumento de que quer estar próxima a todos que amam o Palmeiras e que foi a escola de samba que ofereceu apoio à sua candidatura ao conselho.

“Fico feliz por ter recebido apoio de todos os lados. Ex-presidentes, diretores do clube, torcedores da organizada, torcedores que não são da organizada, escola de samba... Eu não nego apoio. Se as pessoas me tratam com respeito, se acreditam nas minhas intenções com o Palmeiras, eu não tenho preconceito com absolutamente ninguém.”

Sobre a torcida organizada

O que eu conheço da torcida é a festa maravilhosa que ela faz no estádio. É a festa maravilhosa quando vão ao aeroporto quatro, cinco horas da manhã aos milhares para esperar um jogador de futebol. Isso é o que eu conheço da torcida. Isso é o que eu admiro da torcida.”

 “Eu não conheço a parte administrativa, a parte interna, organizacional da torcida. Foi uma tragédia [o assassinato do co-fundador da Mancha Moacir Bianchi] e não faço ideia do que aconteceu.”

Arquivo pessoal Arquivo pessoal

Ela dá vida de rei para os cães e quer um porco

Os cachorros são um capítulo à parte na vida de Leila. Ela tem dez cães, oito deles moram na empresa e dois em sua casa. Byron, Noble, Paris, Chanel, Mané, Scott, Frederico, Nicolau, Polar e Panda. Todos eles levam vida de reis e têm cuidadores que os levam para passear no Parque do Ibirapuera todos os dias.

Byron, um cão da raça Terranova, é a principal estrela por ser garoto propaganda da empresa e quase virou carro alegórico da Mancha Verde no Carnaval. Agora, eles podem ganhar um companheiro em breve: um porco de estimação.

"Ah, eu adoraria. Imagina o Porco aqui. Mas tenho oito cachorros aqui e duas em casa. É muito cachorro, não dá. Eu queria um porco, mas se o porco cresce demais, o que eu faço?”

Óperas em Nova York

O dinheiro também possibilita que Leila realize um de seus hobbys preferidos: fã de óperas, ela costuma ir com regularidade para Nova York (onde tem um apartamento) para assistir aos espetáculos.

“É meu hobby. Eu adoro ópera. Adoro. Sou membro do Metropolitan Opera House em Nova York. Temporadas de ópera é um espetáculo. Em uma semana eles passam três, quatro óperas. A cada dia, eu vou em uma ópera diferente. Já houve semanas em que eu fui a cinco óperas”, 

Leila costuma curtir seu passatempo preferido sozinha, já que o seu marido não gosta do programa. A paixão pela música clássica foi herança do pai, que desde pequena a levava ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Hoje, as óperas se tornaram uma arma contra o estresse.

Eu amo, eu choro, eu me emociono. Já vi La Traviata (de Giuseppe Verdi) 500 vezes e em todas eu choro. É lindo”.

A declaração ao marido: "É tudo"

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