O primeiro capitão de Carille
William, hoje no Sportv, usou a faixa nos dois primeiros jogos de Carille como interino, em 2010
Ele era muito discreto e prestativo. O segundo auxiliar, normalmente, tem pouco atrito com os atletas. O Fábio, além de participar das elaborações de treinamentos, fazia outros treinos à parte com alguns jogadores. Eu gostava de fazer trabalhos individuais com ele. Eu tinha deficiências que entendia que só com o treinamento coletivo não era suficiente para resolver.
Em 2010, quando o Adílson Batista acaba dispensado, o Fábio tem a primeira oportunidade. Ele mesmo ainda se sentia despreparado para dirigir o Corinthians. Ele aceitou o convite da direção, mas já havia comunicado que não queria, em hipótese nenhuma, ser efetivado. Eu entendi a posição: ele não se sentia com ascendência sobre o grupo.
Nós dois temos personalidades pacatas. Já tive vontade de quebrar vestiários, sim. E ele não tem sangue de barata. Mas na maior parte do tempo é ponderado. perder a cabeça não leva a nada e ele entende. Se precisar dar um murro na mesa, ele vai fazer. Mas, de fato, não é o tipo de liderança que ele entenda que faça diferença.
Ele se apoiava muito nas lideranças do elenco. O Tite fez isso quando chegou. É uma forma sábia de comandar, mas tem um limite. Chega o momento em que precisa tomar a decisão. Quando tem um elenco de boas lideranças, isso facilita. No Corinthians de 2010, tínhamos eu, Alessandro, Chicão, Danilo, Ronaldo, Roberto Carlos, Paulo André, Edu Gaspar... Um grupo com boa liderança e a maior parte puxava para o lado bom.