Coutinho nunca jogou futebol profissional. Filho de um general, ele era militar e se formou na escola militar das Agulhas Negras, no Rio de Janeiro. O esporte, porém, sempre foi sua paixão. Foi jogador de vôlei, mas se destacou como um dos pioneiros da preparação física no esporte brasileiro. Em 1976, foi técnico da seleção olímpica que terminou em quarto lugar. Em 1978, comandou o time que foi para a Argentina e terminou em terceiro.
Aquela seleção de 78 ainda tinha Rivellino, mas já contava com Zico, Roberto Dinamite e Reinaldo, por exemplo. Mas não com o lateral-esquerdo Júnior, então comandado por Coutinho no Flamengo, e Falcão, um dos melhores jogadores em atividade no futebol brasileiro naquele momento.
“Com o Júnior, ele se arrependeu de não ter chamado. Até pediu desculpas quando voltou ao Flamengo”, explica Paulo César. “Com o Falcão é uma história meio chata. Vamos dizer que foi por problemas de elemento desagregador. O Falcão desagregava um pouco a equipe”, completa o filho de Coutinho.
O Brasil terminou em terceiro lugar, após o polêmico jogo entre Argentina e Peru: a seleção fez 3 a 1 da Polônia na preliminar, mas viu os argentinos, donos da casa, vencerem os peruanos por 6 a 0. O resultado mandou a Argentina para a decisão e deixou os brasileiros na disputa pelo terceiro lugar.