Foi em um dos estúdios mais famosos de São Paulo, o Mosh, onde foram gravados discos de alta vendagem nos anos 1990, que Yuri deu atenção à reportagem do UOL. Ali, ele mexia em uma imponente mesa de som, trazida de Los Angeles e com muitas histórias. Uma delas é a de que, por meio daqueles mesmos canais, o clássico "Thriller", de Michael Jackson, foi mixado em 1982.
Enquanto constrói seu próprio estúdio na capital paulista, é ali que Yuri tem trabalhado com Luccas Lucco, Nego do Borel e alguns sertanejos para os hits que vão grudar --para o bem ou para o mal-- nos próximos meses. "Mas produzo música em qualquer lugar, no telefone, no hotel, indo viajar, no celular, no notebook", garante.
E arrisca: "Os maiores hits que eu produzi saíram rápidos. Acho os que mais demorados não aconteceram tanto".
Uma dessas rapidinhas foi "Vai Malandra", assinada com os amigos do Tropkillaz. Deu tão certo que Yuri logo emendou uma outra parceria com Anitta: o reggaeton cantando em espanhol "Indecente", produzido junto com o americano Dvlp e lançado no final de março, durante a festa de aniversário de 25 anos da popstar.
O disco de estreia do americano Maejor, "brother" de Justin Bieber e que canta com Anitta, também já está passando pelas mãos de Yuri. E o colombiano Saga já garantiu sua vaga: ele veio ao Brasil para trabalhar algumas batidas do cantor americano Nicky Jam, mais um artista de origem latina querendo somar talentos com os brasileiros.
"Hoje eu vou ao estúdio com os caras do sertanejo, o pessoal do rap, e troco ideia da mesma forma. Entendo o que eles estão falando, eles entendem o que eu falo. A gente fala a mesma língua", ele comemora.
Hoje eu falo a língua da música do Brasil. Não é só o funk, entendeu?