
A Virada Cultural de SP se reencontrou em 2018. Depois da desastrosa ideia da Prefeitura de confinar as atrações em palcos pouco atrativos em 2017, como o autódromo de Interlagos e o sambódromo do Anhembi, o evento retornou com força ao Centro. O público compareceu, lotando alguns shows, mas sem a mesma empolgação vista em anos anteriores. A impressão geral é de que a mobilização pelo evento perdeu, em um nível ainda difícil de mensurar, algo de sua intensidade.
"O que fizemos foi manter o espírito de ter uma descentralização, mas fortalecer o Centro. Conseguimos ajustar o ponto em relação ao ano passado. Fizemos uma mudança e, como em qualquer mudança, aprendemos com os erros. O que deu certo a gente manteve e o que não deu certo a gente mudou", disse André Sturm, secretário de Cultura de São Paulo.
Sem atrações internacionais de peso e com poucas novidades nos palcos, o que levou as pessoas para as ruas foi a nostalgia. Assim, não surpreende que as apresentações mais concorridas tenham sido de quem faz (ou fez) sucesso há muito tempo, como Rouge, Legião Urbana, Sidney Magal, Paralamas do Sucesso...
E, como não poderia deixar de ser, teve política. O "Fora, Temer" de outros eventos virou "Lula Livre" e gritos variados que iam do problema de habitação na cidade à PEC que pode liberar o uso de agrotóxicos no país.
Fora, fascistas! Fora, fascistas!
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Todo político é um filho da puta.
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Estar aqui de pé tem um significado muito grande, porque foi aqui [em São Paulo] que me curei.
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Uma viatura do DPPC (Departamento de Polícia e Proteção à Cidadania) foi depredada de madrugada. Dois suspeitos chegaram a ser detidos, mas acabaram liberados por falta de elementos que os ligavam ao ato de vandalismo.
Além do carro danificado, dois prédios da Polícia Civil que ficam no centro também foram alvo vandalismo. O IIRGD (Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt) foi pichado, e o palácio da Polícia Civil teve a porta de vidro depredada.
A rua da Consolação viveu uma espécie de Carnaval fora de época, com trios elétricos que contaram até com rock.
Muitos palcos tiveram a presença de intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais), que deram um show à parte.
Poucos casos de brigas e furtos foram registrados pela polícia durante a Virada.
Público encarou até 1h de fila para brincar no carrinho de bate-bate e no barco viking.
Depois de dias com um clima agradável, São Paulo registrou muito frio na madrugada e na manhã de shows.
A Arena Corinthians estava preparada para receber 20 mil pessoas, mas os shows só tiveram 3 mil de público.
Bem pior do que em anos anteriores. Em alguns palcos o som estava abafado, não dando para ouvir os instrumentos ou a voz de quem estava cantando.
Essa Virada está melhor do que a do ano passado. Mais segura, com mais policiamento, inclusive.
Os paulistanos precisam fazer umas aulas com os baianos para melhorar isso. É muito difícil ouvir o som.
Terem voltado à região central foi bom pra gente conseguir curtir mais.
Só tem um porém: Tem pouca informação em relação aos shows, não tem muitos panfletos.
Achei bastante seguro também, a gente viu bastante segurança. Perto dos outros anos, esse tinha bastante policial