A chegada do funk paulista e carioca, e a onda da putaria e da ostentação, foram naturalmente incorporados ao som, que ganhou ainda mais velocidade. "Vieram outros MCs com esse negócio de 'quica, desce, sobe' e começou a agitar ainda mais o negócio", observa Stronda.
O grave da batida e a guitarra e o baixo pulsantes, emulados no teclado, fizeram o movimento contrário. Rapidamente, o funk do Sudeste começou a abraçar o brega-funk, sendo assimilado também nos hits de Pabllo Vittar e no single "Privê", estreia solo de Matheus Carrilho, da Banda Uó. MC G15, por exemplo, é um dos funkeiros de São Paulo que prepara a próxima música na levada pernambucana.
"Hoje, em qualquer casa de show, seja casa de rico ou de pobre, tem que tocar brega funk", afirma Stronda.
O produtor de 20 anos começou a produzir músicas em um quartinho em sua casa, inspirando-se no levante funkeiro do Sudeste. "Mas percebi que não estava dando em nada. Quando chegou, o funk era até que forte. Até começar o brega", ele conta, antes de dar um tapa no cabelo, nos corredores da produtora.
Além do corte cheio de estilo, ele se demonstra animado com as portas abertas em São Paulo.
"O brega-funk era visto como coisa de maloqueiro, de marginal. Minha família mesmo, quando comecei a produzir, disse: 'Isso é coisa de noiado'. Hoje é um orgulho estar aqui.