Em 2007, um ano antes de o Universo Cinematográfico Marvel ser iniciado com “Homem de Ferro”, e de Nolan revolucionar o conceito de filme de super-heróis com “Batman - O Cavaleiro das Trevas”, a Warner deu sinal verde para “Justice League: Mortal”, um projeto ambicioso que levaria a maior equipe do planeta ao cinema, com direção de George Miller (“Mad Max”).
“Mortal” seria tocado em paralelo aos filmes de Nolan, mas sem nenhuma conexão com eles. Figurinos foram desenhados; sequências de ação tomaram forma como storyboards; um elenco de rostos pouco conhecidos foi convocado, com DJ Cotrona como Superman, Armie Hammer como Batman e Megan Gale como Mulher-Maravilha, encabeçando um time que ainda trazia Adam Brody, o rapper Common, Jay Baruchel (no papel de Maxwell Lord, arquiteto e também nêmesis da equipe) e Hugh Keays-Byrne, que daria vida ao Caçador de Marte.
Miller reuniu elenco e equipe na Austrália e, por seis meses, começou a trabalhar pesado na pré-produção. Mas uma sombra pairava sobre a aventura, um “inimigo” implacável chamado “greve de roteiristas”. Embora Miller e seu time continuassem a trabalhar na pré-produção, a história não ficava pronta, e a data prevista para a paralisação dos escritores em Hollywood se aproximava. Quando finalmente começou, no final de 2007, trouxe junto o prego no caixão de “Justice League: Mortal”, que terminou cancelado.
“Eu estava intrigado com o filme, mas a ameaça de greve pelos roteiristas fez com que todo o processo fosse acelerado”, refletiu Miller recentemente. “Escolhemos o elenco rápido e começamos a pré-produção ainda mais rápido. Mas tudo dependia de uma data para começar e de uma nova legislação por parte do governo australiano". Nem a greve e nem a lei foram resolvidas dentro do prazo estabelecido pelo estúdio, o que terminou por evaporar os planos.
Quase conseguimos, mas não era pra ser. Isso acontece com frequência, quando filmes parecem estar alinhados com as estrelas, mas nada acontece.
George Miller