Se a campanha de desinformação nas redes sociais continuar tão suja, quem vai perder é a nossa democracia.
Já ouviu falar em infocalipse? O termo foi usado por Aviv Ovadya, engenheiro do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusets), para alertar o mundo sobre a crise da desinformação. Para ele, uma civilização que não distingue verdade e mentira, sem um sistema confiável e de cooperação e sem ferramentas para resolver conflitos fica apática e descrente. E sem cidadãos informados, a democracia já era --aí vêm as guerras e o caos.
Para os especialistas ouvidos, a principal arma que temos, no momento, para combater esse caos é a checagem de fatos.
"Eu sou um grande defensor. Mas parar a disseminação da desinformação é provavelmente a melhor maneira de resolver o problema. Só que não há maneira fácil de equilibrar isso", diz Reifler.
O UOL participa do projeto Comprova, que reúne 24 profissionais de diferentes veículos de informação, como Folha de S. Paulo, Estadão, SBT, Band e Nexo, para checar fatos. No México, o Verificado teve um sucesso no combate aos boatos na eleição presidencial e serve de inspiração para outros países.
Benevenuto defende ainda a criação de "amarras legais" para exigir mais transparência e controle durante campanhas eleitorais -- deixando mais claro como os partidos estão usando as redes sociais e WhatsApp.
Uma eleição tem que ser a mais limpa possível, transparente. A desinformação só contribui para essa polarização que vimos nessas eleições