
A vida que brota e segue seu curso em meio à miséria pode ser chamada de um milagre no Nordeste. Assim é no semiárido ou no litoral às margens do rio Capibaribe.
Da parteira que dá à luz à rezadeira que pede proteção, as mães sonham por dias melhores dos quem vivem na pobreza. Com esperança, também desejam que sejam Severinos mais felizes.
Este é o terceiro capítulo da série em que o UOL refaz, mais de seis décadas depois, o roteiro dos Severinos retratados por João Cabral de Melo Neto no clássico "Morte e Vida Severina".
Vou dizer todas as coisas/ que desde já posso ver/ na vida desse menino/ acabado de nascer:/ aprenderá a engatinhar/ por aí com aratus,/ aprenderá a caminhar/ na lama, com goiamuns,/ e a correr o ensinarão/ o anfíbios caranguejos,/ pelo que será anfíbio/ como a gente daqui mesmo
E não há melhor resposta/ que o espetáculo da vida:/ vê-la desfiar seu fio,/ que também se chama vida,/ ver a fábrica que ela mesma,/ teimosamente, se fabrica,/ vê-la brotar como há pouco/ em nova vida explodida;/ mesmo quando é assim pequena/ a explosão, como a ocorrida
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