Em outubro de 1975, representantes das ditaduras de Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai reuniram-se em Santiago e decidiram unir esforços e compartilhar informações sobre a ação de opositores de seus regimes na região.
O plano incluía operações conjuntas e secretas para desmembrar grupos de esquerda que atuavam nesses países. Entre as práticas, estavam vigiar, sequestrar, torturar, matar e desaparecer com corpos de presos políticos.
Apesar das negativas das Forças Armadas, a participação brasileira na Condor ficou comprovada após a morte de Malhães, em 2014.
No sítio onde o militar foi morto, em Nova Iguaçu (RJ), na Baixada Fluminense, foram encontrados dois dossiês sobre a Operação Gringo, uma caçada a militantes argentinos que estivessem no Brasil.
Antes disso, em 2001, a divulgação de 20 mil documentos sobre o Chile e quase 4.000 sobre a Argentina, todos relacionados ao período dos governos militares, confirmaram a participação dos Estados Unidos na Condor.
Em 2016, surgiram novas provas com a liberação de mais de mil páginas pertencentes à embaixada norte-americana em Buenos Aires, comprovando que entre 1980 e 1981 os Estados Unidos sabiam o que ocorria no país sul-americano.