Luiz "Piroxz" Chaves

A voz da experiência

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Anderson Amazonas/Divulgação/Submarino Anderson Amazonas/Divulgação/Submarino

Eles servem de inspiração para centenas de jogadores experientes que desejam passar seus conhecimentos e fortalecer times que estão começando no competitivo. Muitas vezes, estes são vistos pelos jogadores como um segundo pai por ser aquele que mantém a ordem e visa lapidar o talento de cada um dos que compõem a equipe. Estamos falando da comissão técnica composta pelos coachs e assistentes técnicos de times profissionais dos esportes eletrônicos.

Independente da modalidade, a presença de um técnico é fundamental para o time alcançar um nível desejável e conquistas ao longo da campanha. Em época de Copa, por exemplo, o peso da responsabilidade em uma partida decisiva também fica nos ombros daquele que treinou os jogadores. Nos eSports não é diferente, a presença de um profissional que oriente o time é extremamente importante.

A aparição de um coach (técnico) nas competições, é tradicionalmente vista pelo público como o profissional que carrega consigo um caderno cheio de anotações e se posiciona atrás dos jogadores durante os jogos. Mas antes disso, existe um trabalho pesado de dias, semanas e meses com o time. Portanto, sua função surgiu a partir desta necessidade que os times tinham de alguém que se dedicasse a fazer uma leitura dos jogos e a estudar as estratégias e composições que o time pode seguir em busca da vitória.

Existem organizações que contam com uma comissão técnica robusta com um ou até três técnicos, mas também há times que dispensam a presença desta função. Já a atual comissão do Submarino Stars conta com duas pessoas em cargos semelhantes: Sylvio "FeeFoo" Junior como head coach, ou seja, a “cabeça” responsável por toda a coordenação do time, e Luiz “Piroxz” Chaves como analista e assistente técnico. Apesar do “assistente”, seu trabalho é tão grande quanto o do coach, sua prioridade é criar uma comunicação entre os jogadores e corrigir erros táticos através de uma observação apurada do desempenho interno do time e de uma análise do adversário, preparando os pro players com antecedência à inúmeras situações.

Piroxz conta com um histórico de respeito no cenário competitivo brasileiro e internacional. Como analista, ele esteve no Keyd Stars e na antiga KaBuM.Orange, como treinador secundário marcou presença no CNB durante o 1º Split do CBLoL 2016. Antes disso, ele atuou como pro player do Curse Academy, nos Estados Unidos e também jogou pela MAD Gaming (antiga lineup do Cyber Gamer - CG) como meio e depois como técnico. Ele também trabalhou como analista na CNB, na TShow e foi coach do time da ProGaming e-Sports no Circuito Desafiante.

Mas de longe, seu destaque ficou por conta de sua presença no exterior. Como técnico da Kaos Latin Gamers, do Chile, Piroxz encaminhou o time da relegation para o título do LAS, a qualificatória sul americana de League of Legends.

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Como funciona seu trabalho de técnico assistente?

A minha parte envolve bastante acertar os detalhes de macro e de micro, de estratégia. Por exemplo, se você está jogando uma composição mais recuada, voltada para push, a minha função é acertar os pontos que faltam para a composição rodar de forma fluente.

Existem organizações que possuem apenas um coach, qual o impacto e a diferença que uma organização pode ter com a presença de alguém especializado neste cargo que você exerce?

Esta pessoa ajuda a determinar diferentes funções, então aumenta a eficiência. Outro exemplo que posso dar é na parte do draft, onde uma pessoa pode estar focada só em questão de draft enquanto outra se empenha na parte de micro. No meu caso, eu tenho de ficar na parte do coletivo, como eles rodam no fim do jogo. Portanto, dou mais atenção especial para isso, então a solução dos problemas acontece mais rápido e mais frequente.

Houve um caso recente, dentro do Rainbow Six, em que uma organização dispensou a função do coach. Na sua opinião, é possível que um time com cinco ou mais membros consiga se organizar sem um assistente ou um coach?

Eu não conheço direito como funciona nos outros jogos, mas no League of Legends isso é muito difícil, porque há muitos fatores para pensar em questão de dependência, e no LoL não há como não ter pelo menos uma ou duas das pessoas trabalhando na equipe.

Sobre sua longa estrada como técnico e analista, o que você aconselha para aqueles que jogam há bastante tempo e querem iniciar nesta profissão?

Precisa ser organizado, você precisa assistir uma carga de outros jogos, de outras partidas de outros times jogando para ver o que eles estão fazendo, quais são as tendências que estão acontecendo. Para você ter uma boa ideia da parte mais fundamental do jogo, é muito importante você ser bem didático, mas não ser básico, você ser profundo nas coisas que você sabe em relação ao jogo como funciona e como é jogar.

Ainda sobre a sua carreira, você veio de outras organizações. Como foi a sua trajetória até chegar ao Submarino?

Nas equipes brasileiras, eu já passei pela KaBuM, pela CNB, pela Keyd, também trabalhei no LAS, na equipe da KLG, que é uma equipe bem tradicional lá, e aqui no Brasil também a última equipe que eu estive foi na TShow, onde estive por 2 splits.

Quais resultados positivos você conquistou junto de times do exterior?

Com a KLG nós fomos campeões de LAS e jogamos o Wildcard 2016. Com a equipe da Big Gods chegamos nas semifinais da Challenger Series, da LCS norte-americana.

E no Brasil? Como foram as conquistas em equipes daqui?

No Brasil trabalhei com a Keyd em 2016, quando fomos vice-campeões, na CNB eu entrei para trabalhar no auxílio, a campanha que tivemos não foi muito boa, e na TSHOW assumi o cargo do time assim que desceram do CBLoL para o Desafiante.

Em situações onde o head coach precisa se ausentar durante os treinos, o técnico assistente assume sua posição?

Sim, mas não há como suprir 100% das coisas que ele faz no time. Mesmo assim, é possível dar continuidade do trabalho que é feito, já que entendo como funcionam as dinâmicas do time.

E falando em dinâmica do time, como coach secundário o que você espera do time para os próximos confrontos?

Quando cheguei, acreditei que a equipe estava um pouquinho mais crua do que era, então estou bem contente com a base que estamos tendo para começar a trabalhar. Acredito que virão jogos bem difíceis porque este Circuito está bem disputado, tem a Team One, paiN Gaming e a equipe da própria TSHOW (que agora é a Redemption). Ambas são três equipes muito fortes e as outras também estão em um nível decente, então será bem complicado, e a minha expectativa é que a cada semana o Submarino Stars melhore e que tenhamos melhores condições para a desejada classificação.

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