O Brasil em capítulos

Parte 1: Como as novelas e minisséries contam a história do Brasil Colônia e Império

Nilson Xavier Especial para o UOL

Da chegada dos portugueses às manifestações de 2013, a história do Brasil esteve presente em diversas novelas e minisséries da TV brasileira. A colonização, a luta pela independência, a abolição da escravatura, a conquista do voto popular, a ditadura militar, a redemocratização e outros momentos foram pano de fundo de histórias de ficção ou baseadas em fatos reais.

Para Maria Adelaide Amaral, um dos principais nomes da teledramaturgia brasileira e autora de obras como "A Muralha", "A Casa das Sete Mulheres", "Um Só Coração" e "JK", misturar ficção e realidade na TV aproxima o público de sua história e muda a vida das pessoas por meio do conhecimento:

Você descobre que o Brasil não conhece o Brasil e que o Brasil adora conhecer o Brasil (...) E sente a resposta do público, o interesse do público.

UOL conversou também com Alcides Nogueira, Aguinaldo Silva, Lauro César Muniz e Doc Comparato, alguns dos responsáveis por retratar passagens da história do país nas telinhas, sobre os processos que envolvem recriar o passado na TV e bastidores de suas produções. Ao longo de três dias, relembre as principais novelas e minisséries históricas. Nesta primeira parte, apresentamos as obras que contam momentos do Brasil Colônia e Império.

Quem se importa com a história do Brasil?

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A Invenção do Brasil

Exibida em comemoração aos 500 anos do Descobrimento, a minissérie narrou o naufrágio de Diogo Álvares Correia, o Caramuru (Selton Mello), e seu envolvimento com os índios, misturando ficção e realidade em tom de documentário. 

Na trama, Caramuru vive um triângulo amoroso com as índias irmãs Paraguaçu (Camila Pitanga) e Moema (Deborah Secco). Foi reeditada e exibida como longa-metragem nos cinemas do país, com o título “Caramuru, a Invenção do Brasil”.

Globo (2000)
Minissérie de Jorge Furtado e Guel Arraes, direção de Guel Arraes. Com Selton Mello (Diogo/Caramuru), Camila Pitanga (Paraguaçu) e Deborah Secco (Moema).

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A Muralha (2000)

Retratou as conquistas de bandeirantes na exploração de territórios paulistas, a partir da vila de São Paulo de Piratininga, cerca de cem anos após o Descobrimento. Abordou a captura de índios para escravidão, o trabalho de jesuítas na catequização de índios e a perseguição a judeus promovida pela Inquisição portuguesa. A figura central era o bandeirante fictício Dom Braz Olinto (Mauro Mendonça).

O romance que originou a minissérie já havia sido adaptado anteriormente (pela TV Excelsior, entre 1968 e 1969), mas o momento histórico era outro: fim do século 17, narrando os fatos que antecederam a Guerra dos Emboabas.

Globo (2000)
Minissérie de Maria Adelaide Amaral, baseado no romance de Dinah Silveira de Queiroz, direção geral de Denise Saraceni e Carlos Araújo. Com Mauro Mendonça (D. Braz Olinto), Vera Holtz (Mãe Cândida), Alessandra Negrini (Isabel), Leonardo Brício (Tiago), Leandra Leal (Beatriz) e Tarcísio Meira (D. Jerônimo).

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A Muralha (1968)

O cenário é o sertão paulista do fim do século 17. Através da fictícia família do bandeirante Dom Braz Olinto (Mauro Mendonça), narram-se os fatos que levaram à Guerra dos Emboabas (que começou em 1708), por extensão, o choque dos paulistas que conquistaram terras e minas e os forasteiros de diversas procedências, principalmente baianos e portugueses, que queriam se apossar delas.

A muralha significava a serra como obstáculo às incursões dos bandeirantes, nas suas buscas de novas terras e riquezas. O romance que originou a novela ganhou uma nova adaptação (pela Globo, em 2000), mas o momento histórico foi deslocado para cem anos após o Descobrimento, com outro foco.

Excelsior (1968/1969)
Novela de Ivani Ribeiro baseada no romance homônimo de Dinah Silveira de Queiroz, direção de Sérgio Britto e Gonzaga Blota. Com Mauro Mendonça (Dom Braz Olinto), Fernanda Montenegro (Mãe Cândida) e Rosamaria Murtinho (Isabel).

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A Padroeira

A novela remontou a história verídica da descoberta da imagem de uma santa, em 1717, na região do Vale do Rio Paraíba, São Paulo, por três pescadores: Filipe Pedroso (Isaac Bardavid), João Alves (Cláudio Gabriel) e Domingos Garcia (Carlos Gregório). Os homens atribuíram a imagem à Virgem Maria, rezaram e foram agraciados com uma farta pesca. Levada para a cidadezinha, a imagem foi montada em um altar, que passou a reunir diariamente vários fieis para orações à Nossa Senhora que apareceu no rio. A novela também retratou a construção da primeira capela a Nossa Senhora Aparecida, em Guaratinguetá, por volta do ano de 1734.

Globo (2001/2002)
Novela de Walcyr Carrasco, direção geral de Walter Avancini e Roberto Talma. Com Luigi Barricelli (Valentim), Deborah Secco (Cecília), Maurício Mattar (D. Fernão) e Elizabeth Savalla (Imaculada).

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Xica da Silva

A produção retratou a segunda metade do século 18 tendo como cenário o antigo Arraial do Tijuco, em Minas Gerais (hoje Diamantina), à época do apogeu da exploração de diamantes pela Coroa Portuguesa.

A personagem real Xica (Taís Araújo), uma jovem e bela escrava alforriada, escandalizou a sociedade local ao viver como rainha com o rico contratador de diamantes João Fernandes de Oliveira (Victor Wagner).

Lutamos muito para que a protagonista fosse uma negra. Havia na direção da emissora um grupo de pessoas que queria colocar uma branca que tomasse muito sol e fizesse o papel. Não aceitamos. Xica da Silva é um símbolo da luta dos negros. Jamais poderia ser uma branca.
Walcyr Carrasco, em entrevista ao UOL

Manchete (1996/1997)
Novela de Walcyr Carrasco, baseado no romance “Xica que Manda”, de Agripa Vasconcellos, direção geral de Walter Avancini. Com Taís Araújo (Xica da Silva), Victor Wagner (João Fernandes de Oliveira) e Drica Moraes (Violante Cabral).

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Dez Vidas

O pano de fundo da trama era a Inconfidência Mineira e vários atores viveram vultos históricos do período. O título da novela vem da célebre frase que Tiradentes teria dito: "Dez vidas eu daria, se as tivesse, para salvar as deles!". A autora traçou um perfil da época com pesquisa realizada no livro “Caminho da Liberdade”, de Wanderley Torres.

Excelsior (1969/1970)
Novela de Ivani Ribeiro, direção de Gonzaga Blota, Reynaldo Boury e Gianfrancesco Guarnieri. Com Carlos Zara (Tiradentes), Cláudio Corrêa e Castro (Visconde de Barbacena) e Nathalia Timberg (Bárbara Heliodora).

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Liberdade, Liberdade

A Inconfidência Mineira foi o ponto de partida para a trama da novela, que teve início com os fatos que levaram à execução de Tiradentes (Thiago Lacerda), em 1792. Outro personagem real retratado foi o bandoleiro Mão de Luva (Marco Ricca).

Na sequência, houve um salto no tempo e a ação passou e se desenvolver a partir de 1808 (ano da chegada da Corte Real Portuguesa ao Brasil), quando a filha do mártir, Joaquina (Andreia Horta), que fora levada para Portugal, retorna à sua terra natal e passa a lutar pela independência do país.

Globo (2016)
Novela de Mário Teixeira, baseada no argumento de Márcia Prates a partir do livro “Joaquina, Filha do Tiradentes”, de Maria José de Queiroz, direção artística de Vinícius Coimbra. Com Andreia Horta (Joaquina/Rosa), Bruno Ferrari (Xavier) e Mateus Solano (Rubião).

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O Quinto dos Infernos

Narrou, de forma divertida, a parte da História do Brasil que começa com a chegada da Corte Real Portuguesa, em 1808, e culmina com a partida de D. Pedro I (Marcos Pasquim) até sua morte, em Portugal. 

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Além de D. Pedro, a minissérie destacou figuras históricas como D. João VI (André Mattos), Carlota Joaquina (Betty Lago), Marquesa de Santos (Luana Piovani) e outros. E deu ênfase à vida particular de D. Pedro, suas aventuras e seu romance com a Marquesa de Santos, e os bastidores da Independência do Brasil

Globo (2002)
Minissérie de Carlos Lombardi baseada nos livros “O Chalaça”, de José Roberto Torero, “A Imperatriz no Fim do Mundo”, de Ivani Calado, e “As Maluquices do Imperador”, de Paulo Setúbal, direção geral de Wolf Maya e Alexandre Avancini. Com Marcos Pasquim (D. Pedro I), Luana Piovani (Marquesa de Santos), Humberto Martins (Chalaça) e Danielle Winits (Manuela).

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Novo Mundo

A novela tem início com a chegada ao Brasil da princesa austríaca Leopoldina, casada por procuração com o jovem monarca D. Pedro. Os primeiros anos da imperatriz no Brasil (e seus últimos anos de vida) são mostrados juntamente com os bastidores da Família Real Portuguesa e luta pela Proclamação da Independência. A volta de Dom João VI e Carlota Joaquina para Portugal, os casos extraconjugais do príncipe regente e seu romance com Domitila de Castro, a Marquesa de Santos, foram reproduzidos da trama da novela.

Globo (2017)
Novela de Thereza Falcão e Alessandro Marson, direção artística de Vinícius Coimbra. Com Caio Castro (D. Pedro), Letícia Colin (Leopoldina), Agatha Moreira (Domitila), Léo Jaime (D. João VI), Débora Olivieri (Carlota Joaquina), Rômulo Estrela (Chalaça) e Felipe Camargo (José Bonifácio).

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Marquesa de Santos

A história da paixão que uniu D. Pedro I (Gracindo Jr.) com Domitila de Castro Canto e Mello, a Marquesa de Santos (Maitê Proença), em plena efervescência do processo de independência do país e tendo à sua volta muitos conspiradores.

Manchete (1984)
Minissérie de Wilson Aguiar Filho, direção de Ary Coslov. Com Maitê Proença (Marquesa de Santos), Gracindo Jr. (D. Pedro I) e Edwin Luisi (Chalaça).

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Dona Beija

A trama tem início no ano de 1815 e é baseada na vida da personagem real Ana Jacinta de São José (Maitê Proença), que desafiou os costumes e a moral de seu tempo fundando a Chácara do Jatobá, um refinado bordel onde se transformou num mito como cortesã, escandalizando as famílias conservadoras de Araxá (MG).

Manchete (1986)
Novela de Wilson Aguiar Filho baseada nos romances “Dona Beija, a Feiticeira de Araxá”, de Thomas Leonardos, e “A Vida em Flor de Dona Beija”, de Agripa Vasconcelos, direção geral de Herval Rossano. Com Maitê Proença (Dona Beija), Gracindo Jr. (Antônio Sampaio) e Carlos Alberto (Mota).

 

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A Casa das Sete Mulheres

Tendo como pano de fundo a Guerra dos Farrapos, a minissérie narrou os conflitos sob a ótica feminina, por meio das sete protagonistas – todas parentes de Bento Gonçalves (Werner Schünemann), líder dos farrapos – que ficaram isoladas em uma estância no Rio Grande do Sul, enquanto seus homens lutavam na guerra. 

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Tem destaque também a figura do herói italiano Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), figura importante no conflito, que conheceu a destemida catarinense Ana Maria de Jesus Ribeiro (Giovanna Antonelli), a Anita Garibaldi, e com quem se casou.

Tudo o que se relacionava à Guerra dos Farrapos (...) vendeu muito por causa da minissérie. Outro fenômeno mobilizado foi o resgate do orgulho gaúcho: no Rio Grande do Sul, as pessoas voltaram a usar o lenço vermelho que os farrapos usavam. O estado também começou a receber mais turistas.
Maria Adelaide Amaral, no livro "Autores, Histórias da Teledramaturgia" (Memória Globo)

Globo (2003)
Minissérie de Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão baseada no romance de Letícia Wierzchowski, direção geral de Jayme Monjardim e Marcos Schechtmann. Com Camila Morgado (Manuela), Thiago Lacerda (Giuseppe Garibaldi), Giovanna Antonelli (Anita Garibaldi) e Werner Schünemann (Bento Gonçalves).

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Chiquinha Gonzaga

A trama tem início na década de 1860 e relata a vida da famosa musicista, compositora e maestrina brasileira. Na primeira fase, a personagem é interpretada por Gabriela Duarte, que vive Chiquinha até os 30 anos (1877). 

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Na segunda fase, Chiquinha é vivida por Regina Duarte, que continua a história da personagem, até a morte dela, em 1935. Além do enfoque social, que mostrava a relação de Chiquinha com a música que se fazia na época, a minissérie abordou a Guerra do Paraguai, já que o primeiro marido da musicista, Jacinto Ribeiro do Amaral (Marcello Novaes), era oficial da Marinha Imperial e atuou no conflito.

Globo (1999)
Minissérie escrita por Lauro César Muniz e Marcílio Moraes, direção geral de Jayme Monjardim. Com Gabriela Duarte/Regina Duarte (Chiquinha Gonzaga), Carlos Alberto Riccelli (João Batista), Danielle Winits/Susana Vieira (Suzette) e Marcello Novaes (Jacinto Ribeiro do Amaral).

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A Moreninha

Tendo como trama central os desencontros amorosos entre Carolina (Nívea Maria) e Augusto (Mário Cardoso), a novela se passava na década de 1880 e usava como pano de fundo o movimento abolicionista liderado por jovens estudantes da corte do Rio de Janeiro. Desenrolava-se o drama do escravo fugitivo Simão (Haroldo Oliveira), protegido pelos estudantes e implacavelmente caçado pelo temido capitão do mato João Bala (Jaime Barcelos). A Globo já havia produzido anteriormente, em 1965, uma adaptação de “A Moreninha” (com Marília Pêra e Cláudio Marzo), focada na trama principal do livro, que explorava apenas o romance entre o casal Carolina e Augusto.

Globo (1975)
Novela de Marcos Rey baseada no romance homônimo de Joaquim Manuel de Macedo, direção de Herval Rossano. Com Nívea Maria (Carolina), Mário Cardoso (Augusto) e Marco Nanini (Felipe).

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Padre Cícero

A vida do famoso clérigo cearense Cícero Romão Batista, uma das figuras mais polêmicas e emblemáticas do Nordeste brasileiro. De sua chegada a Juazeiro do Norte, Ceará, em 1872, quando era um jovem padre recém-ordenado em Fortaleza, aos milagres que o rodearam até se transformar numa importante figura política da região, e a sua morte, aos 90 anos de idade. O ponto de partida é um suposto milagre ocorrido em Juazeiro, que fez com que a pequena localidade de 2.500 habitantes se transformasse na terceira maior cidade do Ceará.

Globo (1984)
Minissérie de Aguinaldo Silva e Doc Comparato, direção de Paulo Afonso Grisolli e José Carlos Pieri. Com Stênio Garcia (Padre Cícero) e Débora Duarte (Maria Araújo).

Reprodução/SBT Reprodução/SBT

Sangue do Meu Sangue

Versão da novela que Vicente Sesso escrevera para a TV Excelsior em 1969, que misturava ficção e realidade no período monárquico. Diferente da novela original, que focou primordialmente uma trama fictícia, desta vez foi dada maior ênfase a fatos históricos que culminaram com a Abolição da Escravatura. 

Reprodução/SBT Reprodução/SBT

A segunda fase da trama é ambientada no ano de 1883 e tem como pano de fundo a militância dos abolicionistas amigos Lúcio (Tarcísio Filho), um personagem fictício, e José do Patrocínio (Kadu Karneiro), um personagem real, a trajetória da Princesa Isabel (Irene Ravache) e as consequências da abolição para o Império.

SBT (1995/1996)
Novela de Vicente Sesso, escrita por ele, Rita Buzzar e Paulo Figueiredo, direção de Henrique Martins, Antonino Seabra, Del Rangel e Nilton Travesso. Com Jayme Periard (Carlos), Tarcísio Filho (Lúcio), Osmar Prado (Clóvis) e Lucélia Santos (Júlia).

Reprodução Reprodução

Escrava Isaura

A primeira versão, da Globo (de 1976/1977), é uma das mais emblemáticas telenovelas brasileiras, um grande sucesso no país e no exterior, tendo consagrado a atriz Lucélia Santos, no papel-título, e Rubens de Falco, como o senhor de escravos Leôncio Almeida. 

Em torno do sofrimento da protagonista, por quem seu senhor tinha uma paixão doentia, traçou-se um interessante panorama da escravidão do Brasil.

Divulgação/TV Record Divulgação/TV Record

Em 2004, a TV Record lançou uma nova adaptação do romance, tendo novamente a direção de Herval Rossano, o mesmo diretor da novela da Globo.

Globo (1976/1977)
Novela de Gilberto Braga baseada no romance homônimo de Bernardo Guimarães, direção de Herval Rossano e Milton Gonçalves. Com Lucélia Santos (Isaura), Edwin Luisi (Álvaro) e Rubens de Falco (Leôncio).

Record (2004/2005)
Novela escrita por Tiago Santiago e Anamaria Nunes baseada no romance homônimo de Bernardo Guimarães, direção geral de Herval Rossano. Com Bianca Rinaldi (Isaura), Theo Becker (Álvaro) e Leopoldo Pacheco (Leôncio).

Reprodução Reprodução

Sinhá Moça

Dez anos após o sucesso de “Escrava Isaura”, a Globo lançou uma nova trama de época de cunho abolicionista, tendo novamente Lucélia Santos como a protagonista e Rubens de Falco como o vilão, dessa vez como filha e pai, que se confrontam: ela, simpatizante da luta pela libertação de escravos, e ele, um ferrenho escravocrata. A história culmina com a assinatura da Lei Áurea, que libertou definitivamente os negros da escravidão no país. 

Reprodução Reprodução

Vinte anos depois dessa edição, a Globo produziu o remake da novela, com Débora Falabella e Osmar Prado nos papéis que foram de Lucélia Santos e Rubens de Falco.

Globo (1986)
Novela de Benedito Ruy Barbosa baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, direção de Reynaldo Boury e Jayme Monjardim. Com Lucélia Santos (Sinhá Moça), Marcos Paulo (Rodolfo) e Rubens de Falco (Barão de Araruna).

Globo (2006)
Novela de Benedito Ruy Barbosa baseada no romance homônimo de Maria Dezonne Pacheco Fernandes, direção geral de Rogério Gomes, direção artística de Ricardo Waddington. Com Débora Falabella (Sinhá Moça), Danton Mello (Rodolfo) e Osmar Prado (Barão de Araruna).

Divulgação/TV Globo Divulgação/TV Globo

Abolição

Tendo como pano de fundo a discussão sobre a causa abolicionista, narrou a luta da escrava Iná Inerã (Ângela Corrêa), líder espiritual e guerreira, contra seu senhor opressor, o Coronel Macedo Tavares (Milton Moraes), com ajuda dos abolicionistas e de seu amado, o jornalista Lucas (Luís Antônio Pillar), um negro alforriado.

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A minissérie foi lançada em comemoração ao Centenário da Abolição, em 1988. Retratou personagens históricos ao abordar o processo da libertação dos escravos até a assinatura da Lei Áurea, em 1888, pela Princesa Isabel (Tereza Rachel).

Globo (1988)
Minissérie escrita por Walter Avancini e Wilson Aguiar Filho, direção geral de Walter Avancini. Com Ângela Corrêa (Iná Inerã), Luís Antônio Pilar (Lucas Tavares) e Milton Moraes (Coronel Macedo Tavares).

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