Capotagem assustadora foi só um capítulo da paixão
Ele estava com uma prima dele, vindo de Minas para São Paulo. Ela mesma disse que eles não estavam correndo. Só que o carro girou na estrada. Foi por Deus, porque o carro capotou na ribanceira. Tinha um toco de arvore cortado"
O relato é de seu Levi, pai de Wallace. O acidente de cinco anos atrás não passou de um susto "Numa das viradas que o carro deu, acertou o toco em cheio e ele entrou pelo assoalho do caro. Foi o que segurou o carro para ele não rolar mais", completou. Um raro sinal amarelo na história do jogador com os motores. Ter capotado não tirou dele o amor pelos veículos. Pelo contrário. A velocidade é parte de quem é o oposto da seleção brasileira de vôlei, um apaixonado pelo ronco dos motores desde criança.
A sala de estar da casa de Wallace é “decorada” com uma espécie de cockpit de Fórmula 1 para os jogos de videogame preferidos. Ele também é viciado na série “Velozes e Furiosos” e domina as disputas de kart que costuma marcar com os amigos. O ápice da paixão foi levar seu carro para um autódromo de verdade. “Foi um sonho realizado para ele”, diz a mãe Gleci.
Não é só uma questão de dirigir, mas de entender também. Desde pequeno ele se interessa por desmontar as coisas. Os carrinhos de brinquedo e o autorama já sofreram nas mãos do jovem Wallace. No futuro, quem sabe, aprender a função de verdade pode ser uma opção. “Eu vejo meu mecânico desmontando a caixa de câmbio e fico olhando. É uma coisa que eu curto, sabe? Uma das coisas que vou fazer quando tiver um tempo é um curso de mecânica”, diz ele.