"História de amor", relação com Martine supera qualquer instabilidade
Kahena foi à fazenda em Portugal, terminou sua viagem e voltou ao Brasil para buscar o sonho olímpico. Velejar com Martine era reviver uma parceria que deu certo na adolescência. Juntas, elas conquistaram o Mundial júnior na classe 420. O desempenho na 49erFX mostrou que elas estavam afinadas, com títulos e mais títulos. Só que nem tudo são flores, é claro.
“É que nem uma história de amor. No começo é muito bom: ‘Vamos sair juntos, vamos fazer tudo junto’. E aí tem uma hora que tudo começa a te irritar: ‘Não, você fez isso, isso me irritou’. Com o passar do tempo, você começa a aceitar mais as coisas”, define Martine, que se diz “mandona”. “Nos últimos quatro anos o que eu mais aprendi foi comunicação e relacionamento. Quando você convive muito tempo com a pessoa qualquer palavrinha que você fale pode atingir. Você tem de saber se expressar”, completa Kahena.
Nada disso significa um mau relacionamento. Pelo contrário. Além das horas de treino e preparação, elas ainda convivem nos momentos de lazer. O último Reveillon, por exemplo, Kahena e Martine passaram juntas, com a companhia da amiga Juliana, um dos elos que as unem no dia a dia. Na Rio-2016, elas não terão companhia. O sucesso até agora, no entanto, indica que a parceria deve seguir funcionando mesmo assim.