Reprogramando vidas

Única no mundo, Estação Hack do Facebook aposta em jovens de baixa renda para transformar o Brasil

oferecido por Selo Publieditorial

Há palavras que marcam e revelam uma época e, por isso, correm o risco de serem repetidas até a exaustão de seus significados. Uma delas é inovação. Mas quem está acostumado a pensar nessa palavra sempre ligada a um futuro distante pode se surpreender com a Estação Hack, um centro de inovação em São Paulo criado pelo Facebook para unir o universo digital ao impacto social.

É o componente humano, o principal motor da Estação, que tem cursos gratuitos voltados para jovens de baixa renda. "Os alunos chegam aqui e nunca tiveram aula de programação. Quem está nas empresas de tecnologia programando hoje em dia? Não são esses jovens, que vêm de uma realidade totalmente diferente. Eles trazem uma perspectiva nova que pode agregar muito", diz Eduardo Lopes, diretor da Estação Hack.

Além dos cursos gratuitos de programação que promovem a formação de talentos na área de tecnologia, a Estação Hack abriga programas de empreendedorismo digital, com mais de 3.000 bolsas para capacitar micro e pequenos empreendedores, e conta com uma aceleradora de startups com grande potencial de impacto social.

A Estação Hack é a primeira – e única – do tipo no mundo. O projeto foi concebido especificamente para o Brasil. "Isso exigiu olhar para dentro e olhar para fora. Olhar para o Facebook e olhar para o Brasil", conta Eduardo.

O projeto traz a experiência interna do Facebook com ações de capacitação digital. "Há alguns anos capacitamos empreendedores para usar o Facebook para divulgar seus negócios. Percebemos que há uma demanda grande por esse conhecimento", diz Eduardo. Mas também trouxe a realidade brasileira. "Vimos as pesquisas de mercado. Até 2019, cerca de 161 mil postos na área da TI ficarão vagos por falta de mão de obra qualificada. Ao mesmo tempo, entre os jovens de 16 a 25 anos temos a maior taxa de desemprego", pontua o diretor.

Os cursos são oferecidos por empresas parceiras, selecionadas pelo Facebook por atuarem em áreas ligadas à tecnologia e ao impacto social. No espaço de mais de mil metros quadrados em um prédio na Avenida Paulista, jovens, mentores e empreendedores convivem diariamente e trocam ideias e experiências. "A ideia é que todo mundo se cruze", conta Eduardo.

São três salas de aula, cada uma com capacidade para 40 pessoas, e a Estação Hack disponibiliza laptops e até celulares. Há também um laboratório de realidade virtual e 50 posições de trabalho que são usadas pelas empresas parceiras e startups. "Nosso primeiro sentimento é de realização. Concebemos o projeto com base em nossa experiência, no que estudamos e analisamos. Mas ver na prática como o espaço tem transformado a vida dos alunos é muito emocionante", diz Eduardo.

Conheça mais sobre os parceiros do Facebook na Estação Hack.

Estação Hack/Facebook Estação Hack/Facebook

ARTEMISIA

Essa organização sem fins lucrativos é pioneira na disseminação de negócios de impacto social no Brasil. "De maneira objetiva, impactar é ampliar o acesso e as possibilidades de uma vida mais digna e mais plena, especialmente para as pessoas de baixa renda", explica Priscila Martins, gerente de Relações Institucionais da Artemisia.

Em parceria com o Facebook, a Artemisia selecionou para serem aceleradas dez startups de todo o Brasil. "Acelerar um negócio é colocar à disposição do empreendedor ativos para que seu negócio possa avançar mais rápido", explica Felipe Alves, gerente de seleção e apoio a negócios da Artemisia. "Cada startup tem acesso a uma mentoria específica. Além disso, trouxemos convidados para dar workshops e palestras sobre ferramentas de negócio".

As empresas selecionadas seguem uma premissa básica: aliar o uso de dados ao potencial de gerar transformações positivas em larga escala à sociedade. "É importante que as empresas possam oferecer soluções reais para a população", pontua Priscila.

O programa de aceleração de startups da Estação Hack tem duração de seis meses. O da primeira turma foi até junho, e outras 10 startups já começaram a ser aceleradas. Além das inscrições, a Artemisia faz uma busca por empresas que considera ter o perfil para a aceleradora. "Um ponto muito legal é que a maior parte dessas empresas se organizou para continuarem juntas, depois da aceleração, trabalhando no mesmo local. Um dos nossos objetivos era criar uma rede forte de empreendedores. Ver que essa rede funcionou é muito importante para nós", completa Felipe.

Estação Hack/Facebook Estação Hack/Facebook

FGVCENN

Este centro da Fundação Getúlio Vargas reúne pesquisadores para propagar conhecimento sobre empreendedorismo. Na Estação Hack, oferece workshops de gestão de empresas. "Nossa parceria faz todo sentido porque é um lugar em que se está impulsionando o empreendedorismo", diz Edgard Barki, coordenador do FGVCenn (Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios).

Os cursos da FGVCenn na Estação Hack acontecem todo mês. Entre os assuntos que já foram abordados, estão liderança, modelo de negócio, gestão de pessoas, design thinking, gestão financeira e empreendedorismo social.

"Quando formamos pessoas, é importante que percebam um negócio como uma organização viva que tem muitas consequências na sociedade", diz Edgard. "Fomentamos o empreendedorismo mas fazemos pensar como esse empreendedorismo pode ter mais impacto social", completa.

Os workshops da FGVCenn na Estação Hack são voltados para empreendedores de pequenos negócios, mas qualquer pessoa pode se inscrever. Interessados devem ficar atentos à página Estação Hack no Facebook.

Estação Hack/Facebook Estação Hack/Facebook

JUNIOR ACHIEVEMENT

Presente em todos os estados do país, e uma das maiores organizações sociais incentivadoras de jovens do mundo, a JA tem como objetivo estimular o desenvolvimento de estudantes para o mercado de trabalho, através do método “Aprender-fazendo”. “Esse método parte do princípio de que aprendemos mais quando fazemos do que quando estudamos algo de forma fria”, diz Bety Tichauer, diretora superintendente da JA Brasil.

Na Estação Hack, a JA oferece três cursos voltados a alunos matriculados no Ensino Médio. O primeiro, “Futuro do trabalho”, fala sobre as transformações do mercado de trabalho, com foco especial nas carreiras em ciência, tecnologia, engenharias e matemática.

O segundo é o “Conectado com o amanhã” sobre o futuro e perspectivas de carreira, em que os alunos têm acesso a informações, como quais são as competências comportamentais desejadas no mercado.

Há ainda o “Innovation Camp”, em que os alunos encontram mentores para resolver desafios, com objetivo de desenvolver habilidades empreendedoras e descobrir ferramentas de trabalho.

“O jovem que participa dos cursos tem uma noção mais completa de assuntos como inovação e carreira, e sai mais preparado para tomar decisões sobre o próprio futuro”, diz Bety Tichauer. As inscrições para os cursos devem ser feitas no site.

Estação Hack/Facebook Estação Hack/Facebook

MADCODE

Com foco em crianças e adolescentes, a MadCode é uma rede de escolas de programação. “Os jovens já nascem consumidores de tecnologia, nosso objetivo é oferecer recursos para que se transformem em desenvolvedores de soluções tecnológicas”, diz Cesar Nalio, coordenador pedagógico da MadCode.

No projeto Estação Hack, oferece um curso de desenvolvimento de aplicativos. César Nalio reforça a importância dos cursos voltados para aqueles que não teriam condições de ter uma formação em programação. “Cada público, cada comunidade contribui com ideias diferentes de acordo com sua realidade. Se não houver investimento em ações para atingir públicos que normalmente não teriam acesso, não haverá propostas de ações para questões específicas e emergenciais que a tecnologia pode resolver de forma criativa e efetiva.”

Jovens entre 13 e 17 anos podem se inscrever pelo site.

Estação Hack/Facebook Estação Hack/Facebook

MASTERTECH

Voltada para a educação em tecnologia, a empresa oferece dois cursos na Estação Hack. O primeiro é o "Aprenda a Programar em um Fim de Semana", direcionado a jovens entre 16 e 25 anos que têm pouco ou nenhum contato com programação.

"Já no primeiro dia, ele aprende a construir um site do zero, aprende a pensar em soluções, conhece a linguagem e vai saber olhar para um site de outra maneira", diz Ieda Leni, coordenadora de alunos da Mastertech. "Mas é apenas o começo de uma jornada: a ideia é trazer conhecimento para que as pessoas consigam buscar mais por si mesmas", completa.

Esta é a etapa inicial do segundo curso, a "Academia de Programação", em que a ideia é oferecer uma formação generalista que chega até a programação de aplicativos. São 40 vagas, preenchidas pelos alunos que se destacam no curso de fim de semana. "Um curso é a complementação do outro. Eles são voltados para a população de baixa renda porque a gente acredita que a educação é para todos", pontua Ieda.

Ao fim do curso, os alunos apresentam trabalhos a empresas parceiras tanto da Mastertech quanto do Facebook. “Nossa função é também inserir esses jovens no mercado de trabalho”, diz Ieda.

Para se informar sobre o processo de inscrição, basta entrar no site.

Estação Hack/Facebook Estação Hack/Facebook

{REPROGRAMA}

Essa organização sem fins lucrativos ministra cursos de programação voltados apenas a mulheres. A ideia é reduzir as diferenças de gênero na área de Tecnologia da Informação. "Acreditamos muito na importância da diversidade para a tecnologia e faltam mulheres na programação. Precisamos estar presentes para trazer um jeito de pensar diferente para esse setor", diz Mariel Reyes, fundadora e CEO da {Reprograma}.

O primeiro curso na Estação Hack terminou no fim de junho e ofereceu 30 vagas a mulheres cis e trans, durante 18 semanas. Em agosto, começa uma nova turma com o mesmo perfil.

"Um dos critérios da seleção é que nossas alunas realmente queiram usar a tecnologia para encontrar soluções para problemas sociais e ambientais", diz Mariel. Ao fim do curso, todas precisam apresentar um projeto com foco nessas soluções ou uma ideia de startup. “Já tivemos alunas que fizeram um guia de acessibilidade de teatros, outra, que era enfermeira, fez com informações sobre medicamentos”, conta Mariel.

O curso é uma oportunidade real de encontrar vagas no mercado de trabalho. As formandas da primeira turma participaram de uma conversa com 30 empresas potenciais contratantes, entre elas IBM e Creditas.

Para se inscrever para os próximos cursos, é preciso ficar atento à página da Estação Hack no Facebook ou ao site da {Reprograma}.

Curtiu? Compartilhe.

Topo