Sertaneja sem ser "topzeira"
Aos 34 anos, Paula Fernandes ama festa, não dispensa um churrasco e sabe dos mil benefícios de se beber uma taça de vinho, mas sua música vai em direção oposta a esse universo hedonista. Por quê? “Respeito toda forma de expressão. Todo mundo tem direito de usar uma linguagem, um gênero. A minha é diferente.”
“Essa é minha essência, mas tenho um respeito muito grande por quem trabalha mais para o entretenimento. Eu entro de outra forma. Emociono e faço dançar ao mesmo tempo. É legal ter esse leque de possibilidades”, diz a mineira, que enxerga um potencial pernicioso na palavra.
“Tenho que tomar cuidado. A palavra é uma coisa muito séria. Até escrevi uma música chamada “Palavra Errada”. A palavra muda o rumo de uma vida. Até comparei a palavra errada como um tiro à queima-roupa. É como apanhar. É como levar uma surra com uma palavra e, com ela, mudar o sentido de uma vida.”