Clayton J. Barber ainda era criança quando começou a praticar o taekwondo. Adolescente, passou a competir em competições internacionais. Anos mais tarde, já na seleção americana da modalidade, chegou a receber medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, na Argentina, em 1995. Mas ele queria mais e, ao deixar a carreira esportiva, mirou em Hollywood, origem de um apelido entre seus colegas atletas.
“Cuidado com o que você deseja, dizem eles”, diz ao recordar sua passagem para a indústria cinematográfica. “Meu apelido, quando eu era um lutador, era Mr. Hollywood, porque eu sempre falava que queria estar no cinema, ir para Hollywood. Os caras brincavam: ‘você não vai estar no cinema, você é só um showman’. E quando eu me aposentei, eu peguei meu carro, vim para Los Angeles, e aí é aquela antiga história. Comecei por baixo. Sabia que tinha uma habilidade, algo que poderia oferecer, então eu decidi começar por aí.”
Barber, que já havia atuado como dublê em “Power Rangers”, em 1993, então conseguiu vários trabalhos no ramo. Fez “Batman & Robin”, “Buffy – A Caça Vampiros”, “As Panteras” e “Zoolander” (foto), entre outros. Como coordenador, seu primeiro projeto foi o obscuro “Uma Cidade Sem Lei”, de 2010, estrelado por Josh Hartnett e Demi Moore. Com “Punho de Ferro”, se aventurou em outra área, trabalhando também como diretor de segunda unidade em alguns episódios.
O segredo para se manter há 25 anos no ramo? Se cercar de gente boa. “Ao longo do caminho, você aprende a reconhecer talento. Você aprende a gerenciar boas ideias. E isso é realmente o trabalho de um coordenador de dublês ou de um diretor: gerenciar ideias que se unem. Como diretor de ação ou coordenador, eu me cerco de pessoas que são duas vezes melhores do que eu em tudo, para garantir que eu seja bem-sucedido em tudo o que eu faço. É simples assim”, diz. “Não conte isso para ninguém”, acrescenta, bem-humorado.
Só ajuda o fato de ele gostar bastante do que faz. “Eu me divirto levando os atores até o topo. É assim que eu vou para casa com um sorriso. Eu me olho e penso nossa, fizemos uma coisa do zero até o fim. Para mim, é isso que faz valer a pena”.