O Partido dos Trabalhadores ficou mais fraco em seu berço histórico, o ABC, na Grande São Paulo. O partido tem três prefeituras na região, mas não tem como eleger mais do que dois de seus candidatos agora. Os atuais prefeitos petistas de Santo André e Mauá passaram para o segundo turno em segundo lugar.
A legenda foi derrotada nas outras cinco cidades do ABC.
Em Santo André, o atual prefeito Carlos Grana (PT) obteve 20% dos votos, contra 36% do candidato Paulo Serra (PSDB). Em Mauá, o prefeito Donisete Braga (PT) ficou com 23% dos votos frente a 47% de Atila Jacomussi (PSB).
Em São Bernardo do Campo, o PT deixará o poder depois de oito anos. O candidato Tarcisio Secoli ficou em 3º lugar, com 23%, e está fora do segundo turno. Disputarão o segundo turno os candidatos Orlando Morando (PSDB) e Alex Manente (PPS).
Diadema é a outra cidade com segundo turno sem PT. O prefeito Lauro Michels (PV) concorrerá com Vaguinho (PRB). O petista Maninho ficou em terceiro lugar.
Nas três cidades da região que encerraram a disputa no primeiro turno, o PSDB ganhou em duas: com Auricchio, em São Caetano do Sul, e Gabriel Maranhão, em Rio Grande da Serra. Em Ribeirão Pires, o PSB venceu com Kiko.
O PT vem sofrendo os efeitos das investigações da operação Lava Jato, da crise econômica iniciada no governo Dilma Rousseff (PT) e do impeachment da ex-presidente.
O auge da força petista no ABC aconteceu no ano 2000, quando fez o prefeito em cinco municípios da região, antes, portanto, do primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva.
O Partido dos Trabalhadores foi criado em 1980, impulsionado pelo movimento sindical do ABC. No fim da década de 1970, Lula era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema e comandou greves por melhores salários que desafiaram a ditadura.