Quando você pensa em bancos no Brasil, normalmente apenas quatro ou cinco nomes vêm à cabeça.
Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander respondem, juntos, por R$ 4 de cada R$ 5 movimentados no país. O R$ 1 restante é dividido entre cerca de 150 instituições, que normalmente atuam em áreas específicas, como financiamento de carro ou empréstimo para médias empresas.
A concentração bancária, que está no nível mais alto da história, é uma das razões pelas quais as famílias e pequenas empresas têm dificuldade para conseguir empréstimos, pagam taxas de juros altas, contam com poucas opções de investimentos e pagam caro por serviços bancários em geral, dizem especialistas.
O Banco Central considera que o país tem concentração "moderada", mas, para o FMI, o Brasil está acima da média mundial. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) diz que o predomínio de poucas empresas é resultado das regras mais rígidas, mas ainda é menor que em países desenvolvidos.
Entenda por que esse movimento de concentração do setor financeiro ganhou força não apenas no Brasil, mas no mundo todo, nos últimos anos.