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Pessoas extraordinárias que unem seus talentos em torno de um grande objetivo comum. O roteiro básico de um blockbuster de super-heróis se aplica também à seleção. Na busca pelo hexa, o Brasil reuniu sua pequena legião de extraordinários. Que bom que, a caminho da Rússia, o país conseguiu o seu Nick Fury, personagem responsável por unir os poderosos Vingadores no universo Marvel.
Se hoje o Brasil tem outros protagonistas além de Neymar, a “culpa” é de Tite. A partir de 2016, quando assumiu o cargo, o então novo chefe apostou em um jovem Gabriel Jesus, buscou Paulinho no exílio da China, fez Coutinho finalmente explodir e resgatou Marcelo do limbo da Era Dunga.
Inspirado na história dos super-heróis, o UOL Esporte mergulhou na trajetória de cada um destes quatro personagens para contar a reviravolta que Tite promoveu. De um jeito diferente, esta série de quatro capítulos se propõe a contar como Gabriel Jesus, Paulinho, Philippe Coutinho e Marcelo se transformaram em pilares da atual seleção.
A terceira história da série é a de Philippe Coutinho. Parceiro de Neymar desde as categorias de base da seleção, ele demorou a desabrochar e só descobriu todo seu talento quando virou o “mágico”.
O vídeo que mostra a origem do “super-herói” é um roteiro lúdico de como Philippe Coutinho demorou a engrenar, viu seus contemporâneos brilharem antes dele mas finalmente descobriu seu espaço. Na sequência do especial, o UOL Esporte “decifra” a história do craque.
Neymar conheceu Philippe Coutinho na base da seleção brasileira, quando se tornaram amigos inseparáveis. Os dois andavam sempre juntos e dividiam as diversões da concentração, como as partidas de videogame.
Quando Coutinho trocou o Vasco pela Itália, Neymar seguiu apostando no amigo. Quando ele mesmo estava despontando, ele dava bronca em quem escolhesse a Inter de Milão no jogo virtual e não escalasse Coutinho de titular. Quis o destino que, anos depois, a dupla se consagrasse como a mais cara da história do futebol.
Oscar, Pato, Ganso e Lucas são contemporâneos de Philippe Coutinho. Só que enquanto a revelação vascaína sofria com o ostracismo na Itália os amigos ganhavam espaço. Como o UOL Esporte mostrou na última segunda, o quarteto dominou a seleção brasileira em parte do último ciclo e concentrava as esperanças de boa parte da torcida, mas acabou ficando pelo caminho.
Coutinho, quem diria, é o único a fazer companhia a Neymar, estrela maior do grupo, na Copa do Mundo da Rússia.
Philippe Coutinho começou sua transformação em uma breve passagem pelo Espanyol, mas desabrochou de vez quando foi contratado pelo Liverpool. Deu a sorte de encaixar em um time que brigaria pelo título inglês com Suárez e Gerrard e logo foi apelidado de “mágico” pela torcida.
A confiança elevou o futebol do brasileiro, que encontrou seu lugar em campo, ganhou espaço na seleção e passou a ser cobiçado por alguns dos principais clubes. Em janeiro de 2018, acabaria decepcionando a torcida ao trocar o Liverpool pelo Barcelona.
Desde a chegada ao Liverpool Coutinho passou a ser nome frequente na seleção brasileira, mas quase nunca como titular. Foi saindo do banco que ele começou a era Tite, por exemplo. A virada ocorreu com um instinto artilheiro que nem é sua principal característica. No clássico contra a Argentina, ele abriu o placar de um 3 a 0 no Mineirão com um golaço de fora da área. Dali em diante, não sairia mais da equipe.
Tite é muito importante para Philippe Coutinho, mas o inverso também é verdadeiro. O hoje atacante do Barcelona foi o único jogador que conseguiu ganhar uma posição no time titular sob o atual comando, que sempre trabalhou com um time-base bem fechado.
A parceria na seleção ajudou Coutinho a seguir crescendo no Liverpool, onde ele assumiu papel cada vez maior de liderança e chegou a ser escolhido como capitão por Jurgen Klopp, em uma derradeira tentativa de mantê-lo na Inglaterra.
Tite ainda estimulou Coutinho a experimentar outras posições, questão constante em sua carreira. Se ao longo do tempo teve dificuldades para se adaptar a diferentes esquemas táticos, no Brasil atual ele cumpriu muito bem o papel de homem de meio-campo mais recuado, como opção da comissão para jogos com times mais recuados.