Na primeira noite de desfiles do Carnaval de São Paulo, quatro escolas se destacaram.
Grandiosa, colorida, feliz e com acabamento impecável, a Acadêmicos do Tatuapé chegou ao Anhembi com todos os requisitos para disputar o bicampeonato. Homenageando o Maranhão, a escola, campeã de 2017, fez paradinhas e paradonas, provando que os componentes estavam afinadíssimos com o samba.
A agremiação da zona leste mostrou as belezas da fauna e da flora do Estado, mas também as mazelas da época da escravidão, as tradições religiosas e o folclore da região.
A Rosas de Ouro complicou o páreo levando para o sambódromo a vida dos heróis das estradas, os caminhoneiros. Na comissão de frente, a cena da mulher e do filho à espera do pai, que viaja pelas curvas do Brasil, refletiu a realidade de quem vive pelas estradas.
Um bordel --onde Rita Cadillac e Salete Campari eram os destaques-- mostrou outra faceta do país, também retratado em seu lado caipira, de plantações e milharais.
Mancha Verde, com Fundo de Quintal, e Unidos do Peruche, com Martinho da Vila, por sua vez, foram as escolas que mais levantaram o público e ganharam aplausos da plateia --especialmente a Mancha, que tem a vantagem de ser formada a partir da torcida organizada do Palmeiras.