O primeiro telejornal do Canal 7 foi o "Record em Notícias", lançado em 1973 e realizado num pequeno estúdio com apenas uma câmera. Sem imagens em vídeo, para ilustrar as notícias, eram utilizadas fotos dos fatos exibidos. Ficaria conhecido para sempre como "Jornal da Tosse", um telejornal comentado e analisado por Helio Ansaldo e outros jornalistas de terceira idade, que não raro tinham crises de tosse e pigarro durante a exibição.
A Record foi atingida por quatro incêndios: em 1960, 1966 e 1969 (duas vezes no mesmo dia, 13 de julho). Talvez, um dos agravantes tenha sido a ausência de seguro contra esse tipo de incidente. Segundo Nilton Travesso, em depoimento dado aos jornalistas Flávio Ricco e José Armando Vannucci, "Paulo Machado de Carvalho era meio supersticioso e acreditava que isso [o seguro contra incêndio] poderia 'chamar o fogo'". Por causa da teimosia do dono, a Record perdeu quase todos os episódios da "Família Trapo", shows, musicais e boa parte das entrevistas de Hebe Camargo.
Nos anos 1970, quando apresentava o seu programa na Record, Hebe Camargo ficou irritada nos bastidores a ponto de dar um soco e o seu anel de brilhantes ficar preso no batente da porta. A apresentadora precisou de ajuda para recuperar a joia preciosa.
No final dos anos 90, Ana Maria Braga apresentava o tradicional "Note e Anote" na Record, e a emissora entendia que ela necessitava de um "parceiro". Optou-se, então, por um papagaio. Nascia o Louro José. Depois de aprovado o desenho, faltava escolher a voz. Foi aí que a direção convidou os produtores do programa para fazer um teste. Na ocasião, Tom Veiga se saiu melhor.
Verdade. O líder da igreja Universal praticamente não vê TV. Nem mesmo os próprios programas. Macedo passa o dia preocupado única e exclusivamente com a Universal e seu futuro. Além disso viaja bastante pois ainda se considera um evangelizador, antes de um empresário.
Mentira. A Record tem católicos, espíritas e até seguidores de religiões afro em seu quadro de funcionários, além de ateus. Mas, sim, há muitos funcionários que são fiéis da igreja, especialmente em cargos terceirizados --em áreas de segurança, limpeza, alimentação--, mas há também cargos artísticos e técnicos.
Realidade - Hoje isso é mentira, mas no passado não era. Nunca foi emitida uma proibição por escrito pela direção, mas até meados da década passada a "regra" se espalhou entre os funcionários, certamente estimulada por bispos da Universal e seus auxiliares.
Mentira. Isso nunca ocorreu. O máximo que há de relação entre a Universal e os artistas da Record é que anualmente é feito um evento para Instituto Ressoar, que tem relação com a igreja. No evento há leilões, shows, convidados e eventualmente são pedidas colaborações para o instituto, mas nada obrigatório.
Realidade. Hoje isso é verdade. Há uma orientação velada para que não sejam levados aos programas padres católicos e mesmo fiéis militantes de outras linhas religiosas que não a Universal. Quer entrevistar o bispo Formigoni? Liberado. O padre Marcelo? Não pode.