A tecnologia de hoje já permite que robôs realizem metade das tarefas do trabalho de um humano, segundo o McKinsey Global Institute. Ou seja, se no seu trabalho você precisa fazer dez atividades diferentes todos os dias, as máquinas já são capazes de fazer cinco delas por você.
Outra pesquisa, que abordou 32 dos 37 países-membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), tem uma informação parecida: quase um em cada dois empregos provavelmente será afetado pela automação.
Se você pensava que é difícil um robô realizar o trabalho de um advogado, estava certo. Eles podem até realizar algumas atividades da profissão, mas o emprego está seguro: só 3,5% de chance de substituição completa.
Imagem: Getty Images/iStockphotoTirar o siso, fazer um canal, realizar uma limpeza... estas não são tarefas que robôs estão aptos a fazer hoje e num futuro próximo. Fiquem tranquilos, dentistas, porque sua profissão tem só 0,44% de chance de substituição.
Imagem: Getty Images/iStockphotoA engenharia tem variações entre diferentes áreas. Entre as mais populares, os engenheiros mecânicos são os que estão mais seguros, com apenas 1,1% de chance de troca.
Imagem: Getty ImagesMeus colegas não estão tão tranquilos quanto advogados ou até editores (5%), mas não devem se preocupar com a automação, que tem chance de 11% de tomar essas vagas. Vitória!
Imagem: Getty ImagesAinda em testes em diversos locais do mundo, os carros autônomos funcionam e têm várias empresas por trás, desde Google e Uber até Tesla e a alemã Daimler. A implementação em massa esbarra em questões éticas dos algoritmos, exemplificadas pela morte de uma pedestre atropelada por um veículo do Uber.
Neste ano, o UOL Tecnologia já provou hambúrguer e café feitos por robôs em San Francisco (EUA). E eles não fizeram feio diante de colegas humanos. Ao contrário, estavam ótimos. Também publicamos no Roblog a história de uma startup francesa que desenvolveu um robô pizzaiolo, mais produtivo que humanos.
O reconhecimento de imagens pode ser usado em sistemas de segurança ou em exames médicos (como radiografias ou ressonâncias magnéticas). A visão computacional pode até contar os produtos escolhidos por um cliente em uma loja - e ajudar o lojista a identificar as preferências de seus consumidores.
O processo seletivo de empresas costuma ser burocrático, seja para o candidato ou para o departamento de recursos humanos. Aqui entra a inteligência artificial, capaz de esmiuçar milhares de currículos com mais eficiência. A entrevista derradeira, porém, ainda é com um humano.
Profissões que exigem níveis básicos ou baixos de estudos são os que correm mais perigo, mas há exceções, como cuidadores caseiros. Certo é que quem mais se preparou para o mercado de trabalho tem maiores chances de manter o emprego, ainda que uma ou outra tarefa de trabalho possa ser realizada por um robô - o que evidencia os desafios educacionais dos países nos próximos anos.
Imagem: Getty ImagesA McKinsey prevê que o Japão será muito afetado pela automação, por ter uma grande parcela de empregos substituíveis por robôs e a tecnologia para tal. Em contrapartida, a força do trabalho do país diminuirá em 4 milhões de pessoas até 2030, o que deve manter o saldo de empregabilidade do país. Do outro lado do espectro está a Etiópia, que, segundo relatório do Banco Mundial de 2016, tem 85% de seus empregos suscetíveis à automação, porém a transição não ocorrerá nessa escala pelo fato do país africano ter um nível tecnológico baixo.
Imagem: Getty Images/iStockphotoDesempregos serão inevitáveis, por isso é imprescindível que exista uma preparação para proteger esses indivíduos com seguro-desemprego e outras políticas assistenciais. A chamada renda básica universal é uma opção.
Milhões de trabalhos podem ser extintos. Para evitar que isso signifique milhões de desempregados, empresas e governos devem investir em treinamento e ensino de novas habilidades.
Além de possibilitar que a população seja retreinada, governos devem investir na recolocação profissional de seus cidadãos. Com plataformas digitais como LinkedIn, existem canais fáceis para que isso ocorra.
Com mais crescimento, há mais dinheiro, o que permite a criação de novos empregos, assim como a fundação de novos negócios e inovação. Políticas públicas que incentivem isso são fundamentais, segundo sugere o McKinsey Global Institute.
Com o grande volume de dados gerado na internet, o tratamento das informações pessoais virou lei. A lei europeia de dados exige que as empresas tenham responsável por cuidar das informações de indivíduos.
Imagem: Getty Images/iStockphotoInteligências artificiais têm dificuldade para realizar tarefas que exijam compaixão e necessitem a compreensão de diferentes contextos. Os cuidadores, sejam de idosos ou de pessoas que precisam de ajuda, são um caso raro de profissão que não exige habilidades avançadas, obtidas após anos de estudos, e ainda assim está resguardada da substituição por robôs.
Imagem: Getty ImagesEm um futuro próximo, será cada vez mais comum humanos compartilharem espaços com robôs. As máquinas não serão androides como o Robocop ou os personagens de "Blade Runner", mas ainda assim precisarão ter sua relação com humanos gerida por um profissional capaz de identificar qual tarefa é mais compatível com cada tipo de mão de obra.
Imagem: Getty ImagesA ficção científica gosta de mostrar robôs com sensibilidade artística, mas isso ainda está muito longe de acontecer. Inteligências artificiais já foram testadas para direção de filmes ou redação de roteiros de cinema, mas os resultados são, em geral, obras sem sentido nenhum.
Imagem: Getty Images