Relógios e pulseiras inteligentes já medem nossas calorias e batidas do coração. Um acessório para celulares chamado Lenovo Vital mostra dois tipos de pressão do sangue e a temperatura do corpo apenas com a leitura do seu dedo. No futuro, esses dados poderão ser enviados pela internet para o médico monitorar você em tempo real.
Imagem: Márcio Padrão/UOLEm meio ao pânico de um acidente na rua, tempo e agilidade são fundamentais. Por isso um aparelho, que pesa menos de um quilo, será preso ao braço para medir batimentos e pressão do sangue em até 60 segundos. Ele também será inteligente e capaz de dizer se você está estável, se tem que ir ao hospital ou se precisa ser tratado com urgência no local do acidente. Esse aparelhinho chama-se DTR8, da startup israelense Cardioscale, e seria eficaz para pessoas comuns usarem em situações extremas antes da ambulância chegar, como guerras, ataques terroristas e desastres naturais.
Imagem: Divulgação/CardioscaleSabe quando você toma um chá de cadeira logo que chega no hospital? No futuro, os algoritmos acessarão seu histórico médico para agilizar o processo - é o mesmo método que o Facebook usa para determinar os posts que você vê. Só que em vez de apresentar conteúdo do seu gosto, os algoritmos médicos vão determinar a gravidade do seu problema. Por exemplo, se você veio com falta de ar repentina pela primeira vez, o computador dirá que você poderá ser atendido antes de um asmático, pois no caso dele uma ocorrência do tipo é algo comum, menos urgente e recorrente. A análise vai levar em conta o seu histórico em relação a outros pacientes para tomar decisões.
Imagem: iStockPreencher ficha? Esquece. Uma simples selfie, tirada pelo celular ou na própria recepção do hospital, poderá identificar seu rosto e puxar o seu histórico médico, poupando bastante tempo. Uma empresa de Atlanta (EUA) chamada Right Patient já está testando isso - identificação por voz também está sendo estudada.
Imagem: iStockSe você tiver alguma doença que pode evoluir rapidamente para um quadro de emergência, o seu médico ficará sabendo disso antes que você chegue ao hospital. O Royal Free de Londres está testando um app chamado Streams, criado pela DeepMind, empresa do Google. O app não é para o paciente, e sim para o médico acompanhar pessoas com risco de insuficiência renal aguda. Ele cruza dados de exames de sangue e outras informações, e dispara alertas para o médico caso algo não esteja legal.
Imagem: DivulgaçãoUma gota de sangue checada em segundos dará muito mais detalhes sobre sua saúde. A amostra será "digitalizada" e transmitida via internet para uma equipe de biomédicos, que analisa o resultado e dirá o que está errado. Quem processará as informações serão supercomputadores munidos de um grande banco de dados. Este projeto é da Microsoft Brasil com a Positivo e a empresa Hilab.
Imagem: Divulgação/MicrosoftMuitos tipos de exames, como raio-X e ressonância magnética, são essencialmente análise de imagens. E se tem uma coisa que a inteligência artificial sabe fazer bem é ficar de olho em imagens para detectar padrões. Sistemas de inteligência artificial já estão sendo treinados para detectar diferentes tipos de câncer, como câncer de mama, de intestino e de pescoço. Um sistema criado na França e na Alemanha já detecta câncer de pele com 95% de precisão. Já um sistema da DeepMind, do Google, é capaz de detectar com precisão superior a de médicos mais de 50 tipos de doenças dos olhos.
Imagem: iStockVocê já reparou quanto tempo no consultório médico é perdido para que ele preencha prontuários? Assistente de voz, como os dos celulares, vão transcrever áudio em texto para que você tenha mais tempo com médico. "Essa vem sendo uma crítica muito forte dos pacientes e médicos, de que o medico tem que passar muito tempo preenchendo fichas. Às vezes nem tem tempo de olhar o paciente por causa dessa parte prontuário", diz Alexandre Chiavegatto Filho, especialista em inteligência artificial da Faculdade de Saúde Pública da USP.
Imagem: iStockSe você usou filtros de rosto no Instagram, deve conhecer a realidade aumentada, que mistura imagens digitais com reais. Pois ela vai ajudar na medicina também. O seu médico poderá usar desde um aparelho que exibe digitalmente um mapa de veias na pele em tempo real, chamada AccuVein, ou um óculos especial para projetar dados do paciente assim que o médico olha pra ele, como o HoloLens da Microsoft.
Imagem: Divulgação/MicrosoftA holografia, que envolve projetar imagens do ar, pode criar um modelo 3D para que você veja com seus próprios olhos seu sistema circulatório em tamanho e tempo real. Essa imagem poderá ser manipulada, ampliada, girada e marcada para identificar seus pontos fracos. Empresas como 3DSystems e a exVive3D já estudam isso.
Imagem: iStockUma dificuldade comum na medicina é diagnosticar rapidamente doenças menos comuns. A máquina vai acelerar a análise e chegar em instantes às situações e nuances que indicam, com grandes chances de acerto, uma doença mais rara. "Uma pessoa saudável é capaz de gerar o equivalente a 300 milhões de livros cheios de informações de saúde. Mas dessa informação, um humano só consegue analisar 0,5%. É basicamente isso que o Watson faz", diz Mariana Perroni, coordenadora médica da IBM. A inteligência artificial Watson está em testes na Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Imagem: Divulgação/Nebraska MedicineOs primeiros robôs cirurgiões já ajudam os médicos a ver melhor locais difíceis em operações delicadas, fazer cortes mais precisos e oferecer visão 3D ampliada. Como é o caso do robô cirúrgico Vinci 11, do Hospital Santa Catarina (SP), comprado este ano por R$ 11 milhões.
Imagem: Allan Louros/DivulgaçãoEm um estágio além, robôs entrarão no seu corpo. Versões microscópicas vão coletar células, ministrar microdosagens de remédios e até mesmo eliminar o câncer, achando e retirando tumores. Um dos já testados, da universidade do Arizona, nos EUA, já conseguiu transportar uma célula viva de levedura.
Imagem: iStockQuedas dentro do hospital são um grande motivo de preocupação. Segundo um estudo do hospital Albert Einstein, entre 15% e 50% dos casos de quedas em hospitais acabam em lesão. Um sistema inteligente de reconhecimento de imagens consegue prever as chances de acidentes. A máquina aprende, pelo movimento das pessoas nos leitos, a se antecipar e avisar de futuras quedas. É mais um teste da Microsoft no Hospital 9 de Julho, de São Paulo.
Imagem: Getty ImagesO comando por voz para um assistente virtual também será útil na internação. Em um quarto com microfones, o paciente poderá pedir em voz alta a troca do soro e interagir com enfermeiros. O serviço transcreve áudio para texto e elenca os pedidos na central de enfermagem de acordo com a prioridade do chamado. A Microsoft e o Real Hospital Português estão testando este sistema.
Imagem: iStockOs objetos inteligentes (ou "internet das coisas") estarão em toda parte no quarto. Incubadoras e berços conectados avisarão ao médico pelo celular se o seu bebê começar a perder ar ou ter tosse excessiva. Além disso, os sensores da cama poderão determinar, pelo toque, se o enfermeiro lavou as mãos antes e depois de interagir com o paciente, indicando isso com uma luz vermelha ou verde, segundo uma previsão da Semantix, empresa brasileira de big data.
Imagem: AcervoA sala do médico é só o primeiro passo para vigiar suas doenças. Equipamentos vestíveis, que podem ser acoplados ao seu corpo, vão monitorar a sua saúde. Por exemplo, uma lente de contato poderá medir o nível de açúcar no seu sangue. Este é um projeto desenvolvido tanto por empresas, como a farmacêutica Novartis e a Verily (outra empresa do Google) e pelo mundo acadêmico. Em caso de descontrole das taxas de açúcar no sangue, o acessório avisa diretamente no campo de visão do paciente.
Imagem: Google/APE que tal uma "pele eletrônica" mostrando seus sinais vitais e ondas cardíacas em tempo real ao enfermeiro? Esse recurso vem da Universidade de Tóquio, no Japão. Além de monitorar seu coração, ela exibe imagens pelo seu corpo, como as ondas do seu eletrocardiograma. Os sensores também podem se comunicar com um smartphone e transmitir as informações pela internet.