Fim do tour da tocha

Antes do encerramento no Maracanã, chama olímpica passa pelo Cristo Redentor

Do UOL, em São Paulo
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Felipe Pereira/UOL Felipe Pereira/UOL

Protesto contra Temer fecha caminho da tocha

As seis faixas da avenida Atlântica, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, foram fechadas por centenas de pessoas que protestaram contra o presidente interino, Michel Temer (PMDB). O ato acabou por interromper a passagem da tocha olímpico pelo bairro e frustrou a multidão que esperava para acompanhar o percurso.
 
A manifestação ocorreu em frente ao hotel Copacabana Palace e nos arredores dos arcos olímpicos instalados na areia da praia.
 
A manifestação reuniu carros de som. Um veículo com batedores que chegou ao hotel foi bastante vaiado. Líderes de movimentos sindicais se revezavam no palanque para fazer discursos contra o presidente, que geralmente acabavam com o grito de "Fora Temer".

Manifestação contra Temer em Copacabana tem até som de orquestra

Tocha olímpica é carregada no teto do bondinho do Pão de Açúcar

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No Rio, Zagallo causa comoção

Mario Jorge Lobo Zagallo, campeão mundial pela seleção como jogador, técnico e auxiliar-técnico, carregou a tocha olímpica nesta quinta-feira. Aos 84 anos de idade, o ex-jogador participou do revezamento em uma cadeira de rodas e comoveu os internautas pelas redes sociais.
 
Enquanto era apoiado por seu filho, Mário César Zagallo, o ídolo brasileiro recebeu a chama olímpica de Carlos Alberto Parreira e provocou comoção nas redes sociais.
 
Pouco antes de participar do evento, Zagallo comentou sobre a honra de carregar a tocha. "A ansiedade é muito grande, a expectativa começou na Grécia e eu em casa, mas estava acompanhando tudo. A tocha está voltada para o mundo. O mundo é o Brasil", disse Zagallo ao SporTV.
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Personagens do Tour

Rio2016/Marcos de Paula Rio2016/Marcos de Paula

Mulheres centenárias

A passagem da tocha olímpica por Búzios e Rio das Ostras, no litoral do Rio de Janeiro, destacou a participação de três mulheres centenárias. Mostrando disposição, elas foram uma das atrações do comboio que leva a chama em direção à capital fluminense. Florisbela Lima (foto), de 102 anos, conta o segredo da longevidade. "Trabalhei muito, mas nunca fui de beber nem de fumar. E sempre fui muito feliz." A mais velha delas, Eva Oliveira, de 106 anos, se orgulha da independência que tem para se cuidar até hoje. "Até hoje faço tudo sozinha. Tomo banho, faço minha comida, lavo louça e arrumo a minha cama." A terceira personagem é Ruth Faria, que lembra de Búzios na época em que nasceu. "A natureza era mais bonita, e as praias, mais limpas."

Gaspar Nóbrega/Bradesco Gaspar Nóbrega/Bradesco

Superação nas pistas

Gabriel Gregóri tem uma grande história de superação mesmo com a pouca idade que tem. Aos 15 anos, o jovem que teve má formação em uma das pernas levou um susto em uma prova paraolímpica de 100 metros. A prótese da perna se soltou no começo, e ele caiu. Então, ele pegou a prótese com a mão e completou a corrida saltando. Essa história levou Gabriel ao revezamento da tocha olímpica. Ele foi um dos condutores em Ribeirão Preto (SP) e cumpriu perfeitamente o trajeto de 200 metros. "É mais difícil com a tocha, porque ela carrega todo o simbolismo dos Jogos Olímpicos. Essa chama representa muita esperança para todos que estão aqui", disse o garoto.

Tiros, susto e disparada

A passagem da tocha olímpica pela comunidade do Chapadão, na região da Pavuna, na zona norte do Rio de Janeiro, no dia 3 de agosto, viveu uma quebra de protocolo gerada por seu condutor e pela comitiva que acompanha o deslocamento do símbolo olímpico.
 
Por volta das 20h, foram ouvidos disparos de armas de fogo nos arredores do local por onde passava a tocha. Assustados, condutor e comitiva saíram em disparada, sem levar em conta o protocolo que determina que a passagem da tocha pelas ruas se dê de forma lenta, com acenos e sorrisos para o público que acompanha o evento.
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Violência na reta final do tour

O penúltimo dia do revezamento da tocha olímpica é para esquecer. O Rio de Janeiro e o mundo assistiram a um dos condutores da tocha abaixar as calças e, de calcinha de oncinha, protestar contra o presidente interino da República, Michel Temer (PMDB), e posteriormente ser detido. Assistiu também a um grupo de manifestantes formado por professores e estudantes do ensino público ser repelido pelo Batalhão de Choque da Polícia Militar do Rio de Janeiro, com balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta. Por fim, viu uma menina de 10 anos ir parar no hospital, após ser atingida por uma das balas de borracha disparadas pela PM.

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Tumulto no Rio

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Ricardo Nogueira/Folhapress Ricardo Nogueira/Folhapress

Laerte é convencida a participar do tour

Quando foi convidada a conduzir a tocha olímpica em São Paulo, a cartunista Laerte primeiro pensou em recusar, mas depois resolveu aceitar o convite em nome de sua militância pelos direitos das pessoas transexuais. A cartunista carregou a chama na avenida Sumaré, zona oeste da capital paulista.
 
Laerte, de 65 anos, cogitou um boicote à festa, mas voltou atrás depois que o comitê olímpico internacional passou a aceitar que atletas transexuais competissem em igualdade de condições com pessoas cis.
 
"Muitos amigos me pediram para apagar a tocha", afirmou a cartunista em conversa com a reportagem após o evento. "Mas eu acho que para a Olimpíada vale a festa. Não sou muito de ficar gritando fora isso, fora aquilo. Sou mais dizer o que tem que ser 'dentro'", disse ela.
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Confusões no tour

Revezamento de ouro

Fabio Aleixo/UOL Fabio Aleixo/UOL

Homenagem a Zanetti

O tour da tocha olímpica pelo ABC paulista rendeu homenagem aos campeões do Brasil na ginástica. Arthur Zanetti, que ganhou ouro nas argolas nas Olimpíadas de Londres-2012, teve um painel, além de ser um dos condutores em São Caetano do Sul, que é a cidade-natal dele. Em São Bernardo do Campo, foi a vez de Diego Hypólito. Natural da vizinha Santo André, o bicampeão mundial do solo em 2005 e 2007 acendeu a pira olímpica. O dia de atletas de destaque teve continuidade com Marta e Janeth, estrelas do basquete nos Anos 1990, o ex-mesatenista Hugo Hoyama, a ex-judoca Edinanci Silva, o ex-jogador de vôlei William, o levantador da geração de prata das Olimpíadas de Los Angeles e o ex-boxeador Servílio de Oliveira, o primeiro pugilista a ganhar medalha olímpica

Rio 2016/Marcos de Paula Rio 2016/Marcos de Paula

Brilho do judô

Os atletas do judô foram os destaques da passagem da tocha olímpica pela Baixada Santista. Além de Rogério Sampaio, que ganhou o ouro em Barcelona-1992, o revezamento também teve Leandro Guilheiro, bronze em Atenas-2004 e Pequim-2008, e Carlos Honorato, prata em Sydney-2000. Entre outros atletas de renome, Adriano de Souza, o Mineirinho, que ganhou o Mundial de surfe em 2015, foi o responsável por iniciar o trajeto em Guarujá, que é a cidade-natal dele. A ex-judoca Danielle Zangrando, Sanderlei Parrela, que disputou duas Olimpíadas no atletismo também participaram do tour que ainda teve a ilustre participação de Pelé, o Rei do Futebol. Para acender a pira olímpica, o responsável foi Pepe, o segundo maior artilheiro do Santos.

Flickr/Ministério do Esporte Flickr/Ministério do Esporte

Ouros do vôlei

Grandes nomes do esporte brasileiro fizeram parte do revezamento da tocha olímpica em Campinas (SP) e região. Se em Rio Claro (SP) Márcio Wenceslau e Diogo Silva lideraram a turma do taekwondo, em Americana (SP) a ex-jogadora de basquete Adriana, campeã mundial com a seleção em 1994, e o ex-jogador de futebol Flávio Conceição, destaque no Palmeiras e no Real Madrid, foram as atrações. Na reta final do dia, em Campinas, teve mais basquete com a ex-treinadora da seleção Maria Helena Cardoso, além do ex-tenista Ricardo Mello, que frequentou o top 50 do ranking mundial nos Anos 2000, e o ex-jogador de vôlei André Heller, campeão olímpico com a seleção em Atenas-2004. Maurício, dono de duas medalhas de ouro do vôlei, também foi um dos que fecharam a noite.

Rio2016/Marcos de Paula Rio2016/Marcos de Paula

Pelé com a tocha

Pelé participou do revezamento da tocha olímpica em Santos (SP). Recém-operado, o Rei do Futebol não passeou com a chama pelas ruas do litoral e apenas apresentou o símbolo na sacada do Museu Pelé.

O ex-jogador, que nunca participou de uma Olimpíada, brincou ao falar que o Brasil nunca conquistou a medalha de ouro do futebol porque "ele nunca jogou".

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Tour dos famosos

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Fernanda Gentil é principal atração em Florianópolis

Se Porto Alegre chamou a atenção por ter inúmeras celebridades no revezamento da tocha olímpica, Florianópolis não ficou atrás. A global da vez foi a apresentadora Fernanda Gentil, que comanda o programa Globo Esporte no Rio de Janeiro. "Me sinto muito muito honrada e é uma história que poderei contar para os filhos e netos", disse a jornalista antes de carregar a chama pelas ruas da capital catarinense. O tour em Floripa também contou com outras estrelas, como o ex-nadador Fernando Scherer, o Xuxa, que ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas de Barcelona-1992, a remadora campeã mundial Fabiana Beltrame, o ex-surfista Teco Padaratz e os integrantes da banda NXZero. O responsável por acender a pira olímpica foi o ex-jogador de vôlei Renan Dal Zotto, que foi um dos ícones da geração de prata das Olimpíadas de Los Angeles-1984.

Rio 2016/André Mourão Rio 2016/André Mourão

Patrícia Poeta lidera fila de famosos em Porto Alegre

O revezamento da tocha olímpica em Porto Alegre está coberto de estrelas. Mesmo com tempo reduzido, já que o percurso tem a duração de apenas quatro horas, a capital gaúcha reuniu nomes importantes da televisão, da música e do esporte para celebrar a passagem da chama. Da TV, Porto Alegre chamou as apresentadoras da TV Globo Patrícia Poeta, que nasceu no interior do Rio Grande do Sul, e Cristiane Dias, que é natural da capital gaúcha. A música é brindada com a dupla Kleiton & Kledir. E o esporte olímpico também não poderia ficar para trás nos festejos. Estiveram presentes no revezamento nomes como os da judoca Mayra Aguiar, da velejadora Fernanda Oliveira, dos ex-jogadores de vôlei Tande, Marcelo Negrão e Paulão e da ginasta Daiane dos Santos. O futebol também foi premiado com a participação do técnico do Grêmio Roger Machado e do ex-jogador Tinga, que fez sucesso pelo Grêmio e pelo Internacional

Adriano Wilkson Adriano Wilkson

O melhor do Brasil ainda é o brasileiro

O revezamento da tocha olímpica pelo Brasil tem mostrado bem o perfil de um povo cheio de originalidade. Em quase dois meses de tour pelos 27 Estados visitados, a chama foi atração por onde passou. E a população não poupou esforços para chamar a atenção. Seja com fantasias ou com suas próprias tochas, os brasileiros foram às ruas e se divertiram com o tour. Por isso, a equipe do UOL Esporte separou 13 momentos que provam que o melhor do Brasil ainda é o brasileiro. Confira: 

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Em menos de 2 minutos, os 30 primeiros dias do revezamento

Destaques do Tour

  • Vôlei no comando

    O vôlei é de longe a modalidade mais praticada pelos atletas que integram o tour da tocha. Começou com Giovane ainda na Grécia e passou para Fabiana, que deu o pontapé inicial em Brasília. Depois, vieram Sheilla, Nalbert Virna, André Nascimento, Tandara, Anderson, Sassá, Márcia Fu, Ana Flávia, Adenízia, Leila, Paula Pequeno, Giovane, Pampa e Douglas. Do vôlei de praia participaram Ricardo, Alison e Adriana Behar e Shelda.

    Imagem: Ivo Lima/ME
  • Atletas esquecidos

    O tour pelo Brasil causou polêmicas entre os atletas olímpicos. Muitos reclamaram por não terem privilégio para carregar a tocha. Foi o caso de Wlamir Marques e Cadum, ambos do basquete. Em algumas situações, o convite era feito para carregar a tocha no Norte ou Nordeste e com as despesas por conta do atleta. Esse foi o caso da ex-judoca Daniele Zangrando e de Helen, prata no basquete em Atlanta-1996.

    Imagem: Gaspar Nobrega/inovafoto
  • Globais no tour

    Os jornalistas de TV Globo estão por toda parte no revezamento da tocha. A apresentadora Sandra Annenberg foi a que mais chamou a atenção, mas o tour já contou com os repórteres Marcos Uchôa, Isabel Scallabrini e Pedro Bassan, Renato Peters, Carlos Gil e Carol Barcellos e pelos apresentadores Tadeu Schmidt, Marcelo Barreto, Glenda Kozlowski e Alex Escobar.

    Imagem: Rio 2016/André Mourão
  • Heróis olímpicos

    O tour da tocha já contou com alguns dos mais importantes nomes do Brasil em Olimpíadas. Carregaram a chama Yane Marques (pentatlo), Oscar (basquete), Esquiva Falcão e Adriana Araújo (boxe), Vanderlei Cordeiro e Joaquim Cruz (atletismo) e Clodoaldo Silva (natação paralímpica). O revezamento também teve esportistas de sucesso, como o ex-pugilista Acelino de Freitas, o Popó, o surfista Gabriel Medina e o tenista Bruno Soares

    Imagem: Rio 2016
  • Cancelamento do tour

    O revezamento da tocha teve alguns imprevistos. Em Minas Gerais, três cidades cancelaram sua participação por causa de problemas financeiros. Ipatinga, Betim e Gouveia saíram do trajeto da chama, pois não teriam como pagar os custos com a passagem do símbolo olímpico. Outro cancelamento veio em Pernambuco. Olinda abandonou o percurso por causa da forte chuva que causou estragos na região no início de junho.

    Imagem: AFP PHOTO / Marcos de Paula
  • Belezas naturais

    O revezamento da tocha também vem mostrando o valor turístico do Brasil. Cachoeiras de Goiás, montanhas de Minas Gerais e as praias do Nordeste são algumas das atrações apresentadas no percurso. O roteiro da chama ainda mostrou duas joias das paisagens tupiniquins e que são imperdíveis para os viajantes: a Chapada Diamantina e Fernando de Noronha

    Imagem: Rio 2016
  • Tradições

    Por onde passou, a tocha olímpica mostrou um pouco da cultura local. Foi assim em Goiás, com a cavalhada de Pirenópolis. Ou em Minas, onde a chama fez um belo passeio pela região histórica. No Nordeste, o forró e as festas de São João tomaram conta do tour.

    Imagem: Rio 2016
  • Indígenas

    Comunidades indígenas foram prestigiadas com a passagem da tocha olímpica pela Bahia. No percurso pelas cidades de Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro, a chama foi conduzida por integrantes da tribo pataxó que habita a região. Os Estados de Roraima e Amazonas também apresentaram comunidades locais.

    Imagem: Rio 2016
  • É o Amor!!

    A cidade de Pirenópolis recebeu a tocha olímpica e a visita de seus filhos mais ilustres no segundo dia do revezamento pelo Brasil. Zezé di Camargo e Luciano conduziram a chama pelas ruas goianas, atraíram um grande número de fãs e fizeram um discurso em nome do esporte. Os músicos nasceram em Pirenópolis e, hoje, formam uma das duplas sertanejas de maior sucesso no País.

    Imagem: Rio 2016/Fernando Soutello
  • Cantando e dançando

    Daniela Mercury foi uma das atrações do revezamento da tocha em Salvador. Ela conduziu a chama cantando a música "O canto da cidade" e dançando já perto do Farol da Barra. Daniela ainda fez um apelo por respeito aos direitos humanos "Carrego a tocha pelo esporte, pela paz, pelos direitos das mulheres, pelos direitos humanos, pelos direitos LGBT e pela criminalização da homofobia."

    Imagem: Rio 2016/André Luiz Mello

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REUTERS/Alkis Konstantinidis

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