
O UOL Esporte procurou ajuda de duas ONGs feministas, Azmina e Think Olga, e ouviu 21 atletas, ex-atletas e técnicas de ponta do esporte nacional para mapear essas barreiras.
O resultado são cinco vídeos e uma série de reportagens que serão publicadas nesta semana que antecede à abertura da Olimpíada e compõem uma campanha que encoraja as mulheres - atletas de alto nível ou não - a participar.
Se você, só porque é menina, já teve problema para praticar esporte, conte sua história nas redes sociais usando a hashtag #QueroTreinarEmPaz.
Eles comandam o esporte e não sabem lidar com elas. O mundo do esporte ainda é muito masculino. Gravidez e menstruação são vistas como fraqueza.
Antes de mesmo de entrarem no esporte, as atletas convivem com desconfiança de pais e amigos. Afinal, futebol é coisa de mulher? Boxe não vai machucar o rosto das meninas?
Equipamentos e salários melhores. Não importa a posição ou títulos que uma mulher. Ainda é necessário conviver com a desigualdade em relação aos homens.
Ser chamada de "gostosa" ou até levar uma apalpada nos glúteos antes de uma competição. Por que as mulheres ainda precisam pedir respeito para serem atletas?
Por que a atleta precisa falar de sua vaidade antes de mesmo dos resultados esportivos? O rótulo de "musa" sempre vem à frente dos títulos, medalhas e conquistas.
"Já ouvi diversas vezes que futebol era esporte pra menino, que menina não podia jogar, que eu era "Maria Homem", que menina não tinha capacidade suficiente pra jogar, ainda mais em certo time, entre outras coisas que eu prefiro nem comentar. Ao longo dos anos isso foi me "desgastando" e eu acabei abaixando a cabeça e a minha autoestima. No final, eu acabei largando o futebol e esse é um dos meus maiores arrependimentos. Eu acabei perdendo uma paixão pro machismo"
De Paula Ralo, no Facebook
O chavão "isso não é coisa de menina" já lhe prejudicou de alguma forma?
Use a hashtag #QueroTreinarEmPaz e conte a sua história.