Pose comprova sucesso de Bolt, que fará "canto do cisne" na Olimpíada do Rio
Dois braços esticados apontando para o horizonte, invariavelmente com um sorriso no rosto. Bolt começou, mas você já viu muitas outras pessoas repetirem essa pose, uma marca registrada do velocista. Não é força de expressão. O gesto hoje pertence ao jamaicano, que compara seu gesto ao salto de Michael Jordan que virou um dos logotipos de maior sucesso no esporte.
A pose diz muito sobre Bolt. Ele a apresentou ao mundo segundos depois de quebrar o recorde mundial e ser ouro nos 100 m em Pequim, em 2008. Jacques Rogge, à época presidente do COI, classificou o gesto como “soberba”. Pode ser. A distância entre a autoconfiança e a arrogância, muitas vezes, é bem curta no esporte. Bolt sempre viveu nesse limite. Mas tem algo além disso. O gesto em si, inspirado em um passo de dança jamaicano, é um retrato da alegria contagiante do astro. Antes dele, a linha de chegada era lugar para cara feia e concentração. Agora, rivais já acompanham os sorrisos e graças para as câmeras.
Tudo isso traz dividendos ao jamaicano. Hoje, segundo a Forbes, ele é o atleta olímpico mais bem pago do planeta (US$ 32,5 mi por ano). Acima dele, só jogadores de futebol, basquete, golfe, futebol americano, tênis e Fórmula 1, todos profissionais. Na Rio-2016, seus 17 patrocinadores devem ver o canto do cisne. Bolt lutará pelo tri nos 100 m, 200 m e 4x100 m e depois de aposentará dos Jogos. Sua última prova da carreira está marcada para 2017, no Mundial de Atletismo de Londres. Depois, descanso. Mas você tem dúvida de que ainda verá muitas vezes aquele gesto por aí?