A princípio, muitos moradores aceitaram a ideia das paredes, mas acabaram se tornando mais críticos ao longo do tempo. Alguns alegam que não foram consultados o suficiente nas etapas de planejamento. Outros dizem que o dinheiro gasto atrasou a reconstrução de casas em outros lugares. Alguns também se preocupam com os prejuízos ao turismo.
"Há 50 anos, viemos para cá com nossas crianças e adoramos passear pelas lindas baías daqui", recorda-se Reiko Iijima, um turista do centro do Japão que comia em um restaurante de ostras em frente ao paredão."Agora não há nem um traço disso", explica à reportagem da Reuters.
Parte de um muro na cidade de Kesennuma, mais ao sul, tem janelas, mas também sugestões. "Elss são uma paródia", disse Yuichiro Ito, que perdeu sua casa e seu irmão mais novo no tsunami. “Basta nos mantermos felizes por algo que nunca quisemos."