A FAB faz o registro e compilação de todos os casos com óvnis oficialmente relatados no Brasil. Apesar disso, diz que não realiza nenhuma investigação a respeito dos episódios.
De acordo com a Aeronáutica, por meio de sua assessoria de imprensa, não existe nenhum departamento específico para cuidar de óvnis desde o encerramento do Sioani, em 1972. "Todo o material sobre o tema óvni em poder do Comando da Aeronáutica foi encaminhado ao Arquivo Nacional", afirma a nota enviada ao UOL.
"A Portaria do Comando da Aeronáutica nº 551/GC3, de 9 de agosto de 2010, trata sobre o envio periódico dos relatos de fenômenos aéreos recebidos pelo Comando Aeroespacial ao Arquivo Nacional, isto é, o Comando da Aeronáutica vai receber, registrar, catalogar e encaminhar os registros para aquele órgão, onde serão disponibilizados para consulta pública", continua a FAB.
"O Comando da Aeronáutica não dispõe de estrutura e de profissionais especializados para realizar investigações científicas ou emitir parecer a respeito desse tipo de fenômeno aéreo", termina a nota.
Segundo a Aeronáutica, seria inviável manter uma estrutura específica para investigação destes fenômenos. Demandaria muitos homens e recursos com um retorno difícil de avaliar e, hoje, esta possibilidade não está contemplada na doutrina de segurança em voga das Forças Armadas.
O UOL também procurou o Exército para saber se, a exemplo da Aeronáutica, também possui um registro formal de casos de óvnis ou outros relacionados ao tema, assim como também se há alguma espécie de investigação.
"Não há documentos que tratem sobre assuntos de ufologia nos arquivos do Exército Brasileiro", afirma a resposta da assessoria de imprensa. De acordo com a resposta, o Exército também não costuma investigar casos envolvendo óvnis ou outros fenômenos não explicados.
Apesar disso, há uma exceção. Trata-se do caso que ficou conhecido como "E.T. de Varginha", no qual militares foram acusados de capturar uma criatura misteriosa na cidade mineira.
"O Exército Brasileiro determinou a abertura de processos investigatórios sobre o fato, nos anos de 1996 e 1997. Tais procedimentos resultaram na instauração de um IPM (Inquérito Policial Militar), o qual foi encaminhado, naquela ocasião, à Auditoria da 4ª Circunscrição Judiciária Militar, em Juiz de Fora/MG. O assunto foi encerrado com a conclusão do IPM", afirma a resposta enviada ao UOL (leia mais abaixo).
A reportagem também tentou contato com o setor de comunicação da Marinha, mas não obteve sucesso.