
Quando questionados sobre o que é mais importante para eles, os norte-coreanos falam sobre trabalhar duro, praticar esportes, ter uma grande família. Mas o líder Kim Jong-un nunca está ausente das conversas.
A fotógrafa Wong Maye-E, da Associated Press, tentou fazer com que os norte-coreanos se abrissem o máximo possível em um país autoritário que não tolera dissidência e que tem grande desconfiança em relação a estrangeiros. Ela fez dezenas de retratos de norte-coreanos nos últimos três anos e geralmente tentava "quebrar o gelo" para as fotos com uma fotografia instantânea compartilhada com eles.
A pergunta que ela fazia para todos os fotografados era: qual é o seu lema?
As respostas refletem a diversidade de vidas e a influência constante do governo na vida deles.
Ela trabalha para uma provedora de telefonia móvel em um hotel de Pyongyang há 8 anos. Ela diz gostar do trabalho porque dá oportunidade de encontrar visitantes de vários países. Quando questionada sobre o que é importante para ela, responde: "Sempre ajudar os outros, mas, claro, patriotismo em relação ao meu país é o mais importante".
Sil trabalha na fábrica há 17 anos. Seu lema de vida é: "Como uma pessoa da classe operária, eu me dedico a realizar a grande ideia do marechal Kim Jong-un e trabalharei duro para atingir essa meta"
Trabalhando na fazenda nos arredores de Pyongyang há 15 anos, Sim posou para fotos enquanto jogava fertilizantes em repolhos que serão usados para fazer kimchi. Para ela, a meta de vida é a "união da família"
Para ela, "ser uma garota não me impede de seguir a liderança do marechal Kim Jong-un e me faz ser cada vez melhor".
Gyong trabalha na estação há seis anos. "Eu quero servir o povo porque o marechal Kim Jong-un ama seu povo e eu também devo amar", diz.
Hyok, que posou para foto com uma de suas obras, estuda artes há 3 anos na Universidade Pyongyang. Ele sonha em em ser um artista profissional depois que se formar no curso, que dura nove anos. Seu lema é: "Focar em produzir arte Juche (filosofia criada pelo fundador da Coreia do Norte, Kim Il Sung) e levar glória ao ideal Juche, que é a de auto-suficiência".
Hae (esq.) e Kyong posam no píer em Wonsan, Coreia do Norte. Hae quer ser jornalista e seu lema é "espalhar a propaganda do país pelo mundo". Kyong diz que "quer apoiar o marechal Kim Jong-un e a Coreia do Norte com meu rifle".
Kang é ex-soldado que conserta solas de sapatos em uma fábrica de calçados. Ele trabalha várias horas durante os 200 dias de "campanha de aceleração" na linha de fábrica em Wonsan para atingir o plano de desenvolvimento da economia em cinco anos. Ele diz que quer contribuir com o plano de Kim Jong-un de desenvolver as habilidades tecnológicas e científicas do país.
O marido de Ok era fumante e morreu de câncer no pulmão. Na foto, ela segura uma caixa com um remédio antifumo que ela desenvolveu em um pequeno centro antitabagismo que ela dirige em Pyongyang. A sua meta de vida é: "eu espero que cada homem pare de fumar para o bem da saúde e da família. E eu ajudar para isso".
Chol diz que quer ganhar medalhas no esporte para "agradar nosso líder Kim Jong-un".
Chol venceu a maratona de Pyongyang este ano. Ele diz que sua meta é: eu quero agradar o líder Kim Jong-un através do meu sucesso no esporte"
Una estuda para ser obstetra no hospital maternidade Pyongyang. Ela gosta do trabalho porque é sobre "trazer nova vida ao mundo". Ela espera "encontrar um bom homem e ter cinco filhos com ele".
Para Ok, seu ideal de vida é "trabalhar duro no meu emprego para agradar nosso líder Kim Jong-un".
Ri dança todos os dias há 4 ou 5 anos. Ela ama dançar porque a mantém jovem e saudável. O que é mais importante para Ri? "Manter uma vida saudável para apoiar o partido que governo o país".
Para Won, seu ideal é "me dedicar ao líder Kim Jong-un para o resto da vida. Para ele e para a minha pátria".
Kim trabalha como guia há 15 anos. Ela diz que quer "fazer as outas pessoas se dedicarem a construir um país próspero oferecendo aulas e passeios, como guia, até quando eu aguentar".
Gyong trabalha como guia no Museu da Libertação da Pátria, em Pyongyang há dois anos, Ela estudou na língua estrangeira na Universidade de Pyongyang, onde aprendeu inglês e chinês. Ela gosta de seu trabalho porque ela pode ajudar os estrangeiros a entender a "real história da Guerra da Coreia e a falsa propaganda dos EUA sobre a Coreia do Norte. Para ela, a meta de vida é "servir o exército para sempre, inspirado no ideal Songun (militar primeiro) de Kim Il Sung".