Dentro de zonas de conflito
A cena voltou a se repetir na madrugada de segunda-feira ainda de forma mais dramática. O intenso tiroteio durante uma ação do Bope (Batalhão de Operações Especiais) contra os traficantes paralisou a comunidade, deixando-a sem aulas, mas não impediu o funcionamento desta UPA 24 horas.
Com somente quatro camas em sua "sala vermelha" de emergência, três baleados chegaram ao local quase simultaneamente. Sem hesitar em meio ao fogo cruzado, a equipe estabilizou a situação e transferiu ao hospital um jovem de 17 anos com um tiro no peito, um homem de 63 anos com um tiro no abdômen e uma idosa de 82 anos que recebeu um tiro no tórax enquanto dormia.
"No momento, nós estamos exercendo uma medicina de guerra, literalmente, já que além dos baleados, as unidades estão localizadas dentro de zonas de conflito", conta à AFP Luiz Alexandre Essinger, diretor médico da RioSaúde, entidade que faz a gestão da UPA, uma das 14 criadas pela Prefeitura do Rio desde 2009, incluindo em favelas.