No Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, na Bahia, o projeto de coleta de lixo começou em outubro de 2017, como parte de um programa de iniciação científica com alunos do ensino médio.
O parque de 91.235 hectares --tamanho equivalente ao de Belém-- foi criado em 1983 para proteger a região com a maior biodiversidade marinha do Atlântico Sul. A área abriga inúmeras espécies de peixes, moluscos, corais, esponjas e aves (atobás, trinta-reis, fragata, grazina e benedito), e é também local de reprodução de baleias jubartes e tartarugas marinhas.
"Fizemos duas varreduras pelas diferentes ilhas do arquipélago, a última delas em fevereiro de 2018. Uma terceira está prevista para maio desse ano", explica Lucas Cabral Ferreira, bolsista do Programa de Pesquisa e Monitoramento do parque.
Segundo Ferreira, foram 75kg de lixo coletados em três ilhas do parque --Siriba (22kg), Redonda (26kg) e Sueste (25Kg).
Além do plástico, foram recolhidos materiais como fibras de vidro e vidro, mais uma vez não apenas do Brasil.
"Materiais possivelmente trazidos pela corrente marítima, mas nada impede de terem sido descartados por embarcações internacionais que tenham navegado pelas proximidades do parque", relata Ferreira.