Apesar de o número de estrangeiros ter voltado a crescer nos últimos anos, o Brasil, com 0,4% da população formada por estrangeiros, não está apenas longe do patamar de países ricos quanto à imigração, mas também está abaixo do que se vê nos países vizinhos.
"A migração incrementa a diversidade cultural de um país e já há vários estudos que mostram como o fluxo migratório também contribui para a diversificação e dinamização de economias locais", diz Camila Asano, da organização Conectas, que atua junto à ONU em questões relativas a direitos humanos.
A ONU estima que 258 milhões de pessoas morem fora de seu país de origem - o que representa 3,4% da população mundial. Quase um quinto dos imigrantes do mundo mora nos Estados Unidos.
Com quase 50 milhões de imigrantes, legais ou não, os EUA têm 15% da população formada por estrangeiros.
Em seguida, estão Arábia Saudita e Alemanha, com 12,2 milhões de estrangeiros cada - o que representa 37% da população em território saudita e 15% no país de Angela Merkel.
A concentração de estrangeiros aqui está abaixo também da vista em outros países com mais de 100 milhões de habitantes, como Rússia (8,1%), Japão (1,8%) e Paquistão (1,7%).
Na região, a Argentina (4,9%) tem, proporcionalmente, dez vezes o volume de estrangeiros visto no Brasil. No Chile (2,7%) e no Paraguai (2,4%), a concentração também é maior.