O que assombra Ilya, por sua vez, é o risco potencial da linha fronteiriça com a Ossétia do Sul. "A tensão pode ser sentida a todo momento. Se você atravessar a fronteira, eles podem te capturar, te colocar na prisão. Se nossos animais passarem, eles confiscam. Eles andam por aqui e indicam o lugar das coisas, eles andam com cachorros, com armas – é claro que isso nos coloca num estado psicológico determinado", descreve.
Por outro lado, observadores veem as tensões oriundas do conflito como relativamente estáveis. Erik Hoeg, chefe da Missão de Observação da União Europeia na Geórgia, define que a real fronteira está "endurecendo" em vários lugares, com a construção de mais cercas – um processo que, em alguns casos, dividiu terras de cidadãos, separou famílias e restringiu a liberdade de movimento.
Hoeg avalia a situação como "relativamente estável" no sentido de não haver tiroteios na Linha Administrativa de Fronteira (ABL, na sigla em inglês), termo que a União Europeia (UE) usa para descrever a fronteira entre o território controlado pela Geórgia e as regiões separatistas.