Na vida pública desde 2004, Simone Tebet é, atualmente, senadora pelo PMDB do Mato Grosso do Sul. A advogada foi cogitada para assumir a liderança do governo interino de Michel Temer e o ministério do Planejamento, mas recusou os convites por acreditar que pode colaborar mais com questões jurídicas no Senado que na articulação política.
Convidada pelo UOL para pensar em uma participação no Ministério da Integração Nacional, ela reforçou que falta boa gestão:
"Diante desse momento de meta fiscal negativa, quando se terá um teto muito pequeno para se gastar, é preciso priorizar obras de infraestrutura que atraiam outros investimentos, como indústrias, para atrair empregos.
Também é fundamental fazer um diagnóstico das potencialidades e dificuldades de cada área, um mapeamento de todo o país, que fundamente a criação de um Plano Nacional de Desenvolvimento Regional com metas, diretrizes e programas, para determinar o que é prioritário e estratégico em cada região.
O que ocorre atualmente é a demanda e a pressão de prefeitos, parlamentares, sobre o que eles acham que precisa ser feito.
Hoje se faz uma ponte em uma cidade cujo prefeito é amigo de alguém, por exemplo. O que falta é um bom gerenciamento, um gestor com pulso, para aplicar bem a carga tributária.
A partir do momento que você restringe a liberdade, retira a discricionariedade do ministro de liberar mais para um ou para outro, você abre uma linha de conforto para que ele possa atuar sem criar problemas políticos e dizer, por exemplo, “infelizmente eu não posso atender, porque tenho que cumprir a meta do semiárido nordestino antes”.
As pessoas acham que mulher, por ser dona de casa, quando entra na política, só pensa no social. Pensamos no social, sim. Mas a dona de casa, por exemplo, sabe que não se faz social sem dinheiro.