Eleitora de Maduro em 2013, após a morte de Hugo Chávez, a chavista afirma que não votaria mais nele. "Sou chavista. Votei em Maduro acreditando que ele seguiria com o programa de governo, com o projeto de Chávez, e isso não aconteceu", afirma. Se pudesse, ela votaria no dissidente chavista Falcón.
Para ela, a campanha da oposição pelo boicote é um erro.
Acredito que muita gente não vai votar, e isso vai favorecer Maduro. Se eu tivesse a oportunidade de votar, votaria com a convicção de que Maduro sairia do governo."
Para Ileana, o governo de Maduro é "antissocialista". "Ele não defende os interesses do povo, é o contrário. O país está passando por uma situação econômica muito ruim, as pessoas passam fome."
Daisy Amario, 44, é outra chavista que não votaria em Maduro. Ela veio para o Brasil há pouco mais de 2 anos com a bolsa da OEA para estudar no Rio Grande do Sul. Nesta eleição, ela não irá votar por estar muito longe do consulado venezuelano –o mais próximo fica em São Paulo.
"Chávez me parecia uma possibilidade de inclusão social na Venezuela", afirma a mestranda em comunicação –em Caracas, ela era professora universitária.
Daisy acredita ainda que o atual processo eleitoral tem pouca legitimidade. "A própria convocação da eleição foi decidida por um órgão que é ilegítimo, que é a Assembleia Constituinte instituída por Maduro, excluindo o povo venezuelano da decisão da própria existência da Assembleia."