Para investigar, a URL específica é necessária --no Facebook ou Twitter, por exemplo, é só clicar na data e hora do post para chegar no endereço certo. Se forem várias ofensas, guarde a URL do perfil também. Tire prints (capturas de tela), mas a URL é fundamental, porque as empresas guardam registros (logs) dos seus usuários e poderão ser obrigadas pela Justiça a fornecê-los.
Não alimente os agressores, os "haters" --eles costumam fazem isso para ganhar audiência. Também não compartilhe o conteúdo, mesmo se for para acrescentar um comentário indignado. Isso é contraprodutivo, porque expõe mais a vítima.
Faça uma ata notarial, um tipo de copia autenticada na qual você registra o relato do crime com todos os detalhes. É um documento que poderá ser útil à investigação.
Se você for a vítima, junte todas as informações e registre um boletim de ocorrência. Ele pode ser feito em qualquer delegacia. Se preferir, faça isso nas delegacias especializadas de cibercrimes, que estarão mais aptas a orientá-lo.
Em apps com conteúdo efêmero, como Snapchat ou Instagram, tire um print ou use um app que possa salvar o que acontece na tela.
Se for no WhatsApp, é importante não apagar o conteúdo no desespero. No app, você tem uma função de enviar a conversa por e-mail, na qual pode anexar as mídias (fotos e vídeos).
Muitos programas já têm ferramentas que preveem dois passos (a senha e outro dado que assegure que apenas o dono da conta consiga acessá-la, como SMS ou ligação por voz com código de verificação). O WhatsApp, por exemplo, pede senha e código enviado na hora de logar. Dá para habilitar a função em outros serviços populares como Facebook, Google e Twitter.
Se você ainda usa senhas fáceis, pare agora. O melhor é combinar letras, números e caracteres especiais. Evite usar seu nome, aniversários ou informações óbvias e fáceis de conseguir. Veja o jogo da Safernet para criar uma.
O ideal é ter uma senha diferente para cada perfil que você cria. Mas, como essa é uma precaução bem difícil de seguir, tente não usar a mesma combinação para tudo. A dica é criar combinações por grupo: uma para redes sociais, outra para bancos, outra para sites de e-commerce, etc. Ou opte por programa ou aplicativo gerenciador de senhas para cuidar de todas elas para você.
Muita gente ainda usa computadores ou celulares de forma compartilhada e costuma cometer um grande erro: deixar contas de Facebook, Google e afins logadas. Não adianta apenas fechar o navegador, pois muitos deles estão configurados para memorizar a conta. O jeito é sempre sair da conta (logout) e configurar o navegador para que não memorize logins e senhas. Assim, o logout é automático.
Se você acha tranquilo deixar outra pessoa ter acesso aos seus perfis, só tenha consciência do que está fazendo. Se um dia o relacionamento com seu par acabar, por exemplo, saiba que sentimentos como vingança e ciúme podem motivar maldades. Antes disso acontecer, que tal impor limites?
Em aparelhos novos, instale imediatamente programas antivírus, anti-spyware (que detecta programas que "espiam" o que o usuário faz) e firewall (tipo de "muralha" digital que permite somente o envio e recepção de dados autorizados pelo usuário). Mantenha todos esses programas sempre atualizados. Um site fala se o seu login em alguma rede social já foi invadido de alguma forma; vale pesquisar suas contas por lá.
Sites com conteúdo ilegal e/ou 'subversivo', como os de pornografia e pirataria, abrigam anúncios ou janelas pop-up com chamadas tentadora (ofertas, conteúdo grátis, etc). E-mails ou mensagens no WhatsApp também costumam vir com esses conteúdos. Não clique. Na maioria dos casos, é golpe. No navegador, instale plugins que bloqueiam pop-ups e indexam "malwares" (programas nocivos).
Uma dica pouco seguida é fazer o backup dos arquivos pessoais com frequência, não só por falta de memória nos aparelhos. Existe um golpe chamado "ransomware" que encripta (bloqueia) os seus arquivos e pede resgate em dinheiro para desbloqueá-los. Um backup atualizado, seja em HD externo ou serviços na nuvem, como Google Drive, evita que você caia nessa.
Você publica toda a sua vida nas redes sociais? Suas postagens são públicas? Atenção: você é uma potencial vítima de golpistas. É importante revisar configurações de segurança e privacidade para que suas postagens sejam, por padrão, apenas para amigos. Quando você compartilha tudo publicamente, você está mostrando sua vida a desconhecidos. Se você anuncia que viajará por um mês, por exemplo, deixa sua casa exposta a assaltos.
Em mãos erradas, nudes podem ser usados para humilhar pessoas, e costumam se propagar com uma rapidez muito difícil de rastrear. Prefira fazer a imagem de nudez em câmeras offline e apague a foto pouco depois de tirá-la. Tome cuidado também com novas amizades nas redes sociais, evite usar webcam com estranhos e não divulgue dados pessoais, como endereço físico, telefone ou que bens possui, para pessoas que acabou de conhecer ou só conhece online.
O Dia da Internet Segura começou em 2004 como uma iniciativa do projeto EU SafeBorders, financiado pela Comissão Europeia. A ONG Insafe-INHOPE gerencia o projeto desde 2005 em 31 países europeus e apoia as edições fora do continente.
Associação civil de direito privado sem fins lucrativos fundada em 2005 que tem como missão promover o enfrentamento aos crimes e violações aos direitos humanos na internet, além de fazer com que a rede seja um ambiente ético e responsável para crianças, jovens e adultos.
O NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR) foi criado para implementar as decisões e os projetos do CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil), responsável por coordenar e integrar as iniciativas e serviços da internet no país.
O UOL é uma das empresas que apoiam a iniciativa, ajudando a divulgar e explicar a importância de uma internet mais segura e responsável para a sociedade.
Além do patrocínio do Google, empresas de internet e de comunicação atuam com apoio de mídia, como Band, Twitter, Facebook e D4G. O apoio institucional é da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (do Ministério Público Federal), Unicef, WePROTECT, Abranet, Childhood e Disque Direitos Humanos (da Secretaria Especial dos Direitos Humanos).