A tribo insiste que não voltará ao país comandado pelo governo socialista do presidente Nicolás Maduro, onde uma recessão profunda levou à escassez de produtos básicos.
As crianças estavam morrendo doentes na Venezuela. Não havia remédios, nem comida, nem ajuda."
Rita Nieves, uma cacique da tribo matrilinear
Integrantes dos waraos ainda estão fazendo a jornada árdua. Rita usava suas melhores roupas quando cruzou de volta para a Venezuela para enterrar um bebê de 3 meses que havia acabado de morrer nos braços da mãe na viagem de ônibus de mil quilômetros rumo ao Brasil.
"Estamos ficando aqui porque as coisas não mudaram na Venezuela", disse ela, sentada em um armazém convertido em um espaço comunal para 220 waraos na pequena cidade fronteiriça de Pacaraima, em Roraima.