O conceito de intranet nacional da Coreia do Norte é único e extremo, até mesmo em comparação a outros países cuidadosos com informação. China e Cuba. por exemplo, são conhecidos por quanto controle o governo exerce sobre o que os cidadãos podem ver. Mas isso é feito principalmente por meio de censura e bloqueio, não por uma separação completa.
Como a maioria dos computadores norte-coreanos, os do Complexo de Ciência e Tecnologia rodam com o sistema operacional "Estrela Vermelha", que foi desenvolvido pelo Centro de Computação da Coreia baseado no sistema operacional Linux de código aberto.
O Estrela Vermelha 3.0 conta com as ferramentas habituais: o navegador Naenara, e-mail, agenda e ajustes de fuso horário, até mesmo um "kPhoto" (com um ícone que parece muito o do iPhoto). Versões anteriores contavam com uma interface de usuário do Windows XP, mas agora tem um desenho de Mac, contando até mesmo com o ícone de espera de "bola de praia girando".
Versões do Estrela Vermelha que saíram da Coreia do Norte e foram parar nas mãos de especialistas estrangeiros também revelaram algumas funções um tanto sinistras, invisíveis para a maioria dos usuários.
Qualquer tentativa de alterar suas funções básicas ou desabilitar os programas antivírus resulta em um reboot automático. Os arquivos baixados de pendrives são marcados de forma que as autoridades possam identificar e rastrear atividade criminosa ou subversiva, uma medida de segurança que visa combater a disseminação de conteúdo não autorizado da Coreia do Sul, China e outras partes.
O Estrela Vermelha também conta com um visualizador que salva imagens regulares da tela. Essas imagens podem ser apagadas ou acessadas pelo usuário, mas ficam disponíveis para checagem caso um funcionário treinado do governo decida investigar.