O que dizem as empresas
No geral, as empresas se esquivam da polêmica, dizendo que a predileção por mulheres vem de pesquisas com clientes, e juram que as assistentes sequer têm gênero.
O Google diz: "A primeira voz do Assistente foi baseada na tecnologia que usamos anteriormente para a busca por voz e foi algo que já tínhamos em mãos quando criamos o Assistente. Nós não pensamos no Assistente como qualquer gênero. No ano passado, apresentamos uma segunda voz para o Assistente do Google nos Estados Unidos, então você pode escolher a voz que é certa para você", afirmou um porta-voz ao UOL Tecnologia.
A Apple vai pelo mesmo caminho: "O iOS oferece a opção para trocar para a voz de um assistente pessoal. Não tem polêmica [na escolha]. Apenas para os usuários poderem escolher mais uma opção".
"Testamos diversas vozes diferentes para Alexa. Os retornos que tivemos de nossos clientes são de que eles amam a voz da Alexa. Sabemos que há muita pesquisa e debate abrangendo ambos os lados deste tema. Continuaremos focados em nossos clientes e no retorno que recebemos deles", disse a porta-voz da Amazon, que também destacou que a empresa desencoraja insultos ou comportamentos inapropriados à Alexa.
A Microsoft não respondeu ao UOL Tecnologia, mas para o portal "PC Mag" disse em janeiro deste ano que a Cortana pode tecnicamente ser sem gênero, mas a empresa mergulhou na pesquisa de gênero ao escolher uma voz e pesou os benefícios de uma voz masculina e feminina.