Especialistas sobre o assassinato de Kennedy acreditam que os documentos não irão afastar as teorias sobre uma complô.
Mas a avalanche e variedade de documentos promete manter ocupados os curiosos: de memorandos do diretor do FBI a interrogatórios com testemunhas em Dallas que deram pistas após o assassinato, um fato muito importante na história dos Estados Unidos.
Alguns incluem notas manuscritas difíceis de ler.
"Muitas pessoas pensam que eles (...) conterão uma solução para o caso sobre a qual todos possam concordar, mas isto não vai acontecer", disse Gerald Posner, autor do livro "Case Closed", que concluiu que Oswald realmente agiu sozinho.
"Ninguém vai abandonar sua crença em uma conspiração só porque a liberação dos arquivos não prova isso", acrescentou. "Eles dirão que (a prova) deve ter sido destruída ou escondida".
Larry Sabato, professor de política da Universidade da Virgínia e autor de "The Kennedy Half Century", observou que os documentos retidos vão alimentar as especulações.
"O que quer que eles estejam segurando será chamado de Pedra de Rosetta", disse Sabato a agência de notícias AFP. "Só alimentará mais teorias da conspiração".
Oswald, que desertou para a União Soviética em 1959, mas retornou aos Estados Unidos em 1962, foi preso logo após o assassinato de Kennedy, depois de matar um policial de Dallas.
O assassino foi morto a tiros dois dias depois por um dono de boate, Jack Ruby, quando ele estava sendo transferido da prisão.