Foi a bordo de uma aeronave de pesquisa da Nasa, acompanhado por um dos principais estudiosos dos fenômenos de derretimento das geleiras, Joshua Willis, e outros cientistas que percebi a dimensão desse trabalho.
Ao fundo, olhávamos a dimensão branca aparentemente infinita da calota de gelo da Groenlândia.
O avião sobrevoou os rochedos íngremes e os costões rochosos da face leste da ilha, transformados pouco a pouco em pó pela ação das imensas geleiras.
Por uma semana, em março, me juntei à equipe da Nasa em Keflavik, Islândia. Todos os dias, decolávamos de pistas geladas e voávamos sobre a costa da Groenlândia, enquanto os cientistas Tim Miller, Ron Muellerschoen e David Austerberry coletavam o que parecia uma torrente sem fim de números, símbolos e letras em seus computadores a partir de dados de radar em formações glaciares.
David Holland, por sua vez, estuda Helheim e uma outra geleira, de nome Jakobshavn, já há pouco mais de uma década.