Grupos de defesa dos direitos humanos condenaram o uso da força por parte de Israel, considerado por eles desproporcional.
“Soldados atiraram de trás da cerca (...) contra indivíduos que estavam distantes, em alguns casos em retirada, e não avançando, ou avançando sem representar ameaça iminente”, argumentou ao Washington Post Omar Shakir, diretor da Human Rights Watch.
Shakir foi expulso de Israel em 7 de maio, quando o governo israelense revogou seu visto de trabalho no país, com o argumento de que o diretor da HRW apoia o movimento de boicote ao estado judeu.
O Kuwait tentou duas vezes pedir uma investigação dos incidentes na ONU, mas os esforços no Conselho de Segurança foram tolhidos pelos Estados Unidos.
“Acreditamos que o Conselho de Segurança segue ignorando sua responsabilidade e encorajando o lado israelense a manter o ataque violento contra nosso povo”, disse Riyad H. Mansour, embaixador da Palestina na ONU.
Elizabeth Throssell, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU em Genebra, explicou ao jornal The New York Times que a lei internacional apenas permite o uso de força letal como último recurso face a uma ameaça de morte ou que possa causar danos graves.
“A tentativa de se aproximar de uma cerca de arame farpado por si só definitivamente não chega a ser uma ameaça à vida que justifique o uso de munição.”