O conceito de novo urbanismo, surgido nos Estados Unidos na década de 1980, defende a ocupação do solo urbano com atividades de uso misto diversificado, privilegiando a circulação de pedestres, a integração com o entorno e o investimento em novos meios de transporte em prol da mobilidade.
Esse movimento, que tem como objetivo resgatar a qualidade de vida e melhorar o relacionamento entre o homem e a cidade, gerando um desenvolvimento sustentável de longo prazo, resultou em projetos que se tornaram referência, como o Seaside, em Santa Rosa Beach, na Flórida (EUA), inaugurado em 1982.
A ideia dos arquitetos Andrés Duany e Elizabeth Plater-Zyberk era criar uma comunidade com o objetivo de resgatar o estilo de vida e recuperar o tipo de construção tradicional americana. O modelo inspirou outros projetos que vieram a seguir, como o New Town, em Longmont, no Colorado, e o Celebration, próximo ao aeroporto de Orlando.
A chamada “volta das cidades para pessoas” inclui, ainda, a destinação de parcelas de um empreendimento para habitação de interesse social, ou zoneamento inclusivo. “Ele já existe e começaremos a sentir os benefícios em breve”, opina o arquiteto e urbanista Renato Conde, diretor-gerente da Conde Design Urbano, empresa de design urbano interdisciplinar com projetos em vários países.